sábado, 17 de dezembro de 2011

SAÚDE: QUANDO O CANSAÇO VIRA DOENÇA


A ciência investiga as origens e os tratamentos para a síndrome da fadiga crônica, doença caracterizada por extrema exaustão
Mônica Tarantino

Cansaço profundo, dificuldade para se concentrar e uma grande falta de disposição para cumprir a agenda do dia. Essas sensações estão cada vez mais comuns. Há um grupo de indivíduos, porém, que não consegue eliminar os sintomas do cansaço jamais. Para eles, a falta de energia e o surgimento de novos sintomas, como dores nas articulações e de garganta, formam um quadro de saúde grave a ponto de impedi-los até de levantar da cama pela manhã. Com o passar do tempo, o impacto dessa condição na qualidade de vida é muito forte: eles deixam de trabalhar, de sair, perdem amigos, casamentos acabam. Essa soma de sintomas é conhecida por Síndrome da Fadiga Crônica.

Diversos estudos estão em andamento para investigar as origens desse problema. Nos Estados Unidos, onde se estima que até quatro milhões de pessoas tenham fadiga crônica, cientistas das universidades Columbia e New York estudam micro-organismos que podem estar envolvidos com a doença. Na Universidade de Utah, especialistas buscam um teste específico para a doença e avaliam os resultados de programas de exercícios de 30 minutos. Uma das notícias mais animadoras nesse campo foi a descoberta de que um remédio usado para inibir o sistema imunológico, indicado a pacientes de linfoma (um tipo de câncer), aliviou a fadiga em 63% dos pacientes que participaram da pesquisa, feita no Haukeland Univerty Hospital, na Noruega.


EDUCAÇÃO
Segundo o médico Heymann, ainda há muita falta de informação sobre a enfermidade

Ainda há muitos desafios em relação à síndrome. O principal é torná-la mais conhecida entre os médicos. “Há muita falta de informação”, diz o reumatologista Roberto Heymann, da Universidade Federal de São Paulo. Outro é saber diferenciar o cansaço comum do patológico. O diagnóstico é clínico e não existe um exame para comprovar a presença da síndrome. A lista de sintomas físicos e emocionais é grande e qualquer pessoa se identifica com três ou mais deles rapidamente. “A diferença está na intensidade dos sintomas e quando há uma inabilidade do corpo de se recuperar totalmente após uma noite de sono ou temporada de descanso”, disse à ISTOÉ a psicóloga inglesa Kristina Downing-Orr, que lutou anos contra a doença e conseguiu superá-la.
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Fonte: Isto é

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