quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Confira o que está causando a falta de chuvas em grande parte do Brasil

Entenda a situação observada no início de janeiro de 2015


Em 1: bolha de água quente que é comum no Pacífico Sul estava numa posição mais próxima da América do Sul, o que dificulta e enfraquece as massas polares que tentam avançar sobre a Argentina.

Consequência: as frentes frias neste verão tendem a ser mais fracas do que o normal. Menos frentes frias conseguem chegar ao Sudeste.

Em 2: a extensa faixa de água quente entre a região de Buenos Aires e o Rio de Janeiro, e que se prolonga pelo Atlântico Sul até a África, atua como uma barreira que dificulta a passagem do ar polar das frentes frias.

Consequência: poucas frentes frias conseguem ter força para passar por esta barreira; menos frentes frias conseguem chegar ao Sudeste.

Em 3: as águas do oceano Atlântico entre o Rio Grande do Norte e o Amapá estão com temperatura abaixo da média (frias).

Consequência: com a água fria, a evaporação sobre o mar é menor; a água fria diminui a convecção.

Os gráficos explicam como é o processo normal de alimentação e distribuição de umidade sobre o Brasil feita pelos ventos Alíseos e pelo jato subtropical.


A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) são dois sistemas meteorológicos típicos do verão. Eles são responsáveis por uma grande porção do volume de chuva que ocorre durante o verão na maioria das áreas do Norte, do Nordeste, do Centro-Oeste e do Sudeste. A ZCAS traz a chuva volumosa para o Sudeste e para o Centro-Oeste. A (ZCIT) é responsável pela maior parte da chuva anual do Nordeste e do Norte do Brasil.


Uma combinação de fatores relacionados com a temperatura da água em determinadas regiões dos oceanos Pacífico e Atlântico dificulta a formação destes dois importantes sistemas meteorológicos provedores de chuva.

Entenda porque as condições oceânicas e atmosféricas não estão favoráveis para a atuação destes sistemas neste verão.

O mapa mostra a anomalia (diferença entre a média e a situação real observada) da temperatura da superfície da água do mar. Os tons de azul indicam que a água está com temperatura abaixo do normal (anomalia negativa); o tons em vermelho-laranja indicam que a água do mar está com temperatura acima do normal (anomalia positiva).

Fonte: Climatempo

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