Não é de hoje que existe um movimento favorável e desejoso de que o Hospital Regional Aluízio Bezerra, que foi criado pelo Governo do Estado, mas em meados da década de 90 foi municipalizado. O fracasso do acordo regional com o Hospital deixou o atendimento de urgência em Santa Cruz numa situação precária, que piora a cada ano. Para sair da crise, a UFRN sinaliza com a possibilidade de federalização, sendo mais uma unidade de apoio para o curso de Medicina multicampi.
No mês passado, outubro, quando conversava com uma figura do alto escalão da UFRN, a mesma me questionou como a sociedade estava se mobilizando para receber o segundo Hospital Universitário. Logicamente que não existe tal mobilização. Mas me foi revelado que até a própria Magnífica Reitorada da UFRN, Ângela Paiva, recém reeleita para o cargo, questionou da falta de agilidade desse processo e até indagou sobre o que estaria faltando para isso.
Os possíveis questionamentos de Ângela Paiva são pertinentes e gritantes. Quais as reais capacidades do Hospital Regional atualmente em atender a população? Deixe que eu respondo: Muito e muitíssimo abaixo do esperado. E isso não é realidade de hoje não, é uma realidade que grita, protesta, esperneia e faz sinal de fumaça há anos.
Desde a municipalização poucas vezes houve gestores com reais capacidades e comprometimento. Salva-se de dois a três apenas. Muitas vezes nem por culpa própria, mas pela total falta de compromisso das gestões que por aqui passaram.
A federalização não é a “salvação da humanidade”, mas pelo ao menos é o milagre “da água para o vinho”, quando na verdade a UFRN seria uma articuladora, pois caberia a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a famosa e polêmica EBSERH. Que para muitos é melhor Ela do que a gestão da Prefeitura Municipal de Santa Cruz.
A federalização hoje é um processo muito mais real do que há três anos atrás, quando o Blog do Wallace abordou o tema com exclusividade. Falta apenas a sociedade santacruzense acordar do “eterno berço esplêndido”.
Fonte: Blog do Wallace
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