quinta-feira, 15 de maio de 2014

A População em Pernambuco Vive Clima de Guerra Após a Greve da PM

A situação está tensa em Pernambuco. O clima de insegurança começou com ondas de boatos nas redes sociais e se concretizou com cenas de vandalismo e saques em vários supermercados. No terceiro dia da greve da Polícia Militar e bombeiros no Estado, lojas, escolas e instituições públicas fecharam as portas. Empresas estão largando seus funcionários mais cedo. Os carros da Força Nacional de Segurança do Exército estão nas ruas na ação intitulada "Operação Pernambuco". Os veículos deixaram o quartel do Curado, na BR-232, em Jaboatão dos Guararapes, por volta das 10h30 desta quinta-feira (15). Os agentes foram designados para atuar em todo o Estado com foco na Região Metropolitana do Recife, onde há maior tensão.
ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (PT) deve se reunir com o governador João Lyra Neto (PSB) ainda nesta quinta-feira (15). 


Os manifestantes já receberam o comunicado do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) sobre a ilegalidade da greve, iniciada desde a última terça-feira (13). De acordo com a diretoria de comunicação da Associação dos Praças de Pernambuco (Aspra-PE), ainda hoje haverá uma reunião para ser decidido os rumos da paralisação. "O aquartelamento continua", garante o subtenente e diretor de comunicação da Aspra, Ricardo Lima.

Além de afirmar que mais de 80% dos policiais militares aderiram à paralisação, o soldado Joel Maurino, líder do movimento, afirmou que a categoria ainda aguarda uma resposta do Governo em relação ao reajuste salarial. Eles pedem um aumento no subsídio de 50% para patentes de soldados e sub-tenentes e de 30% para oficiais. A remuneração de um soldado hoje é de R$ 1.900, mais gratificação de risco de morte no valor de R$ 500. Um coronel (maior patente) recebe cerca de R$ 10.500, mais gratificação no valor de R$ 3.700. Ou seja, a soma do salário com benefício dos soldados é menor do que o valor da gratificação de um coronel.
Como a greve foi considerada ilegal, o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, ressaltou: "O Governo do Estado não terá nenhum canal de negociação com os policiais militares."
Fonte: Uol

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