sexta-feira, 23 de agosto de 2013

RN: Governo do Estado emite nota sobre resultados do leilão de energia eólica

Como é de conhecimento público, o Rio Grande do Norte historicamente sempre foi um estado importador de energia, ou seja, para atender a sua demanda adquiria energia dos estados geradores, em especial da Bahia. Com o advento da energia eólica, associada à geração termelétrica, este cenário inverteu-se e, para tanto, se faz necessário dotar o nosso estado de um sistema de transmissão de energia elétrica robusto, capaz de atender a totalidade do potencial energético da região.
O Rio Grande do Norte é o estado com o maior potencial eólico do país e possui hoje mais de 3000 MW de capacidade instalada contratada e há, ainda, capacidade para mais que o dobro desse número. Entretanto, devido às restrições de escoamento, em especial dos potenciais localizados próximos à Subestação João Câmara – integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN) gerido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) – a negociação desse potencial tem sido prejudicada.
A realização de leilões contemplando o modelo de ICGs (Instalações Compartilhadas para Conexão de Energia) deixava os estados em situação confortável com relação ao escoamento da energia gerada nos parques, pois para cada leilão de geração de energia ocorria um leilão de transmissão.
O leilão desta sexta-feira (23) trouxe uma nova regra que condiciona o cadastro à capacidade de escoamento da energia, considerando apenas as ICGs e os reforços existentes e previstos para operarem comercialmente até janeiro de 2015.
Como consequência desta medida adotada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – entidade que assessora o Ministério de Minas e Energia no planejamento energético do Brasil – o RN que havia cadastrado 113 projetos (2.776 MW), conseguiu habilitar apenas 41 destes projetos (980 MW), o que reduziu nossa competitividade para esse leilão, especificamente.
Os resultados de hoje (23) deram ao Rio Grande do Norte a 4ª posição com 7 novos parques eólicos e capacidade instalada de 132 MW. As mudanças realizadas pelo Governo Federal neste leilão também impactaram nos resultados do Ceará e Rio Grande do Sul, estados historicamente bem posicionados no número de parques e capacidade instalada.
Contudo, o Rio Grande do Norte mantém a liderança no acumulado de todos os leilões com 2633.6 MW, o que corresponde a 31% de toda a energia eólica comercializada no país desde 2009, e voltará à condição de protagonista em 2014, dentre os estados mais competitivos. Isso porque, ações do Governo do Estado – por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico – com o apoio da bancada federal junto aos órgãos responsáveis pelo Planejamento da Transmissão (MME/EPE e ANEEL), viabilizaram o processo de licitação das linhas de transmissão que fecharão o circuito de 500kV (quilovolts) no Nordeste.
Recentemente essas linhas foram indicadas no planejamento da EPE, aprovadas pelo Ministério de Minas e Energia e agora constam no planejamento da ANEEL para licitação no 1º semestre de 2014.
Em termos de contratação de energia nova, a realização dessa licitação permite que a capacidade de escoamento seja utilizada por empreendedores que negociarem energia já em 2014, através de um Leilão A-3 previsto para o 1º semestre
A ação do Governo do Estado junto aos órgãos federais para a construção dessas novas linhas assegura a implantação de inúmeros projetos eólicos a médio e longo prazo e garante o crescimento sem sobressaltos do setor de energia renovável.

Fonte: BG

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