domingo, 16 de outubro de 2011

FUTEBOL


Após goleada em Goiânia, Adilson Batista é demitido do São Paulo

Diretoria anuncia saída do treinador e se reunirá nesta segunda para decidir novo nome. Comandante pede desculpas ao torcedor são-paulino

Por Marcelo Prado Direto de Goiânia




O técnico Adilson Batista não resistiu ao revés diante do Atlético-GO por 3 a 0, na noite deste domingo, e foi demitido do São Paulo. A diretoria comunicou a saída do treinador após a partida, ainda no vestiário em Goiânia, e explicou que a decisão já havia sido tomada antes mesmo do duelo começar (assista ao vídeo). Se o Tricolor perdesse, o comandante seria desligado do clube, principalmente pelo fato de ele vir sofrendo com constantes críticas da torcida. O time caiu para a sexta posição e deixou o G-5, ficando agora a seis pontos do líder Corinthians e aumentando o jejum de vitórias para seis jogos.
ADILSON BATISTA NO SÃO PAULO
Desempenho 7 vitórias, 9 empates e 6 derrotas
Estreia Dia 22/7, empate com o Atlético-GO por 2 a 2, no Morumbi
Saída Dia 16/10, derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, no Serra Dourada
Colocação no Brasileiro Recebeu o time em segundo e entregou em sexto lugar
- Conversamos durante a semana que essa partida do Atlético era de suma importância para a continuidade do trabalho. Temos dois jogos em casa agora onde precisamos do apoio da torcida e não de uma carga negativa do time. Entendemos que era o melhor neste momento. Temos dois jogos importantíssimos. Depois de hoje, a pressão da torcida poderia influenciar o desempenho dos jogadores. Seria muito difícil deixar os jogadores focados e estimulados, sendo que a equipe entraria com vaias, com a torcida pedindo substituição logo no começo - resumiu Adalberto Batista, diretor de futebol do São Paulo.
Milton Cruz, auxiliar técnico, será o interino em pelo menos dois jogos da sequência tricolor, ambos no Morumbi: o duelo pela Copa Sul-Americana, contra o Libertad-PAR, na quarta-feira à noite, e o jogo contra o Coritiba, no domingo, pelo Brasileiro. A diretoria pretende conversar bastante antes de decidir o novo nome para o comando.
- Vamos nos reunir nesta segunda-feira e conversar com calma. Infelizmente, no futebol, o resultado é o que importa. E nos últimos seis jogos tivemos quatro apenas pontos ganhos, o que dificulta qualquer trabalho - acrescentou o dirigente.

Após o anúncio oficial de sua saída, Adilson fez um pronunciamento aos jornalistas no vestiário do Serra Dourada (assista ao vídeo). Bastante tranquilo, demonstrou gratidão aos dirigentes são-paulinos e pareceu entender que não havia como continuar no comando. Ele chegou a pedir desculpas ao torcedor pelos resultados abaixo do esperado.
- Gostaria de agradecer pela possibilidade de trabalhar, de poder me dedicar. Para mim era como se tivesse uma oportunidade na Seleção Brasileira pela grandeza, estrutura, pela condição de trabalho, pela lealdade das pessoas que dirigem o clube e pela dedicação dos atletas. Mas futebol é resultado. O segundo turno não tem sido dos melhores. Peguei o time em segundo e hoje estou entregando em sexto. Peço desculpa, compreendo o momento de chateação e revolta. Saio para que o clube tenha tranqüilidade e volte com o ambiente favorável - explicou o treinador.
adilson batista são Paulo (Foto: Rubens Chiri / Agência Estado)Adilson durante jogo com Atlético-GO
(Foto: Rubens Chiri / Agência Estado)
Adilson teve até um momento bem humorado diante da situação e elogiou o esforço da equipe em campo contra o Atlético-GO.
- Estou achando até que a bola comigo não está entrando. Acho que o time fez um bom primeiro tempo e poderia ter um resultado melhor. Futebol é assim. Quando não se vence é melhor sair. É evidente que é a terceira passagem e eu fico chateado, procurando algumas coisas, mas sou novo, serve de aprendizado. Gostaria de agradecer pela oportunidade. Me dediquei ao máximo, mas não consegui. Peço desculpa ao torcedor são-paulino - encerrou o técnico.
No ano passado, Adilson também passou pela experiência negativa de ser demitido no vestiário. Ele caiu do comando do Corinthians após a derrota para o mesmo Atlético-GO por 4 a 3, também em outubro. Depois, assumiu o Santos em janeiro, mas só ficou à frente da equipe por três meses. A saída se deu em 27 de fevereiro, embora ele tenha conseguido uma boa campanha com o Peixe: cinco vitórias, cinco empates e uma só derrota. Curiosamente, ele não contou em nenhum momento com a dupla Ganso e Neymar em campo. O primeiro estava lesionado, e o segundo com a Seleção sub-20.
Fonte: G1

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