A mulher do
executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, cujas partes do corpo foram
encontradas em região de mata de cidades da Grande São Paulo
no dia 27, foi presa pela polícia após ter sua prisão temporária por
cinco dias decretada, segundo o Bom Dia São Paulo. Elise Matsunaga
passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) na
madrugada desta terça-feira (5). Segundo a polícia, ela nega
participação na morte do marido.
O
diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge
Carrasco, disse na noite desta segunda (4) que a polícia está
investigando a possibilidade de o executivo da Yoki, uma das maiores
empresas do ramo alimentício do país, ter sido atingido por um tiro
antes de ter sido morto e esquartejado.
A
polícia fez diligências na noite desta segunda-feira no apartamento do
casal, na Zona Oeste da capital, onde utilizou luminol, um reagente
químico, para localizar manchas de sangue.
No
local, a polícia encontrou sacos da mesma cor dos que foram utilizados
para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Segundo
Carrasco, a vítima era colecionador de armas e algumas delas teriam sido
entregues nesta segunda-feira à Guarda Civil Metropolitana para serem
destruídas. Entre estas armas, estaria uma pistola 765, mesmo calibre da
arma com a qual o executivo pode ter sido atingido antes de ser
esquartejado, segundo o delegado. "Ela nega, mas há fortes indícios
(contra ela)", disse o delegado.
De
acordo com o delegado, a família do executivo havia, inicialmente,
registrado um boletim de ocorrência por desaparecimento no DHPP. O
empresário foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Depois de as
partes do corpo da vítima terem sido encontradas, a família fez o
reconhecimento e o inquérito passou a ser de homicídio, segundo
Carrasco.
Os
policiais têm imagens de câmeras de segurança que mostram o executivo
entrando em um prédio na capital paulista, mas não registram a saída
dele - não foi divulgado qual é esse edifício para não atrapalhar as
investigações. Imagens também registram a mulher da vítima deixando o
prédio dias depois, carregando malas. A polícia já confirmou que o corpo
ficou armazenado em um refrigerador antes de ter as partes espalhadas
na mata.
Segundo
o delegado, ainda não é possível apontar quem são os executores do
crime. Ao ser questionado sobre a possibilidade de envolvimento de
policiais militares, ele negou. “Nem sei se ele tinha segurança e não
sei se estes seguranças dele eram policiais militares. O que posso dizer
é que estamos investigando todas as possibilidades. Uma delas é a de
crime passional", afirmou.
Luiz Flávio D'Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, disse ao G1
que foi contratado pelo irmão e pelo pai do empresário morto e
esquartejado para acompanhar o inquérito junto à Polícia Civil. "A
partir do reconhecimento (da vítima), o pai e o irmão entraram em
contato comigo para que acompanhasse todas as investigações. Eles estão
abalados a tal ponto, justamente pela forma como se deu o crime, com o
esquartejamento, por essa brutalidade fora do comum, que não sabem o que
pensar. Eles querem apenas que a polícia trabalhe e que investigue
todas as possibilidade", disse D'Urso. O advogado da família disse que
as partes do corpo do executivo foram encontrados em uma mata na região
de Cotia, na Grande São Paulo.
A
assessoria de imprensa da Polícia Militar, que também responde pela
Corregedoria da corporação, informou em nota que "o caso citado é
investigado pelo DHPP e encontra-se com sigilo para divulgação de
informações, com fulcro em não prejudicar o andamento da apuração."
Yoki No
dia 24 de maio, a companhia norte-americana de alimentos General Mills
confirmou a compra da Yoki, com o objetivo de expandir os negócios no
Brasil. No entanto, os termos do acordo, que deve ser fechado no
primeiro semestre do próximo ano fiscal, que começa em 28 de maio, não
foram revelados. O valor do negócio pode chegar a R$ 2,2 bilhões.
Fonte: G1
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