IBM quer desenvolver chip que funciona como o cérebro humano
Em teoria, computador pode tomar decisões baseado em experiências.
Empresa recebeu investimento de US$ 21 milhões da Darpa.
O gerente do projeto da IBM, Bill Risk, posa ao lado
do que chama de 'parede cerebral'. Cada bloco
representa um chip de computador cognitivo com
256 neurônios (Foto: Divulgação)
A IBM recebeu um investimento de US$ 21 milhões na quinta-feira (17) pela Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa dos EUA (Darpa) para desenvolver chips experimentais para computadores que funcionem como o cérebro humano. Os processadores teriam imitar as capacidades perceptivas, ativas e cognitivas do cérebro.do que chama de 'parede cerebral'. Cada bloco
representa um chip de computador cognitivo com
256 neurônios (Foto: Divulgação)
De acordo com a IBM, o chip "neuro-sináptico" recria os elementos da sinapse entre os neurônios por meio de algoritmos avançados e circuitos feitos de silício, permitindo construir "computadores cognitivos" com sistemas de aprendizagem multi-sensoriais complexos, se comportando de modo similar ao cérebro dos humanos.
Desse modo, em teoria, o computador poderia aprender por meio de experiências, encontrar padrões, desenvolver hipóteses e aprender e lembrar do resultado de suas ações e do que ele percebe ao seu redor.
A IBM acredita que a criação poderá rivalizar com o tamanho compacto e do baixo consumo de energia do cérebro humano. A companhia quer desenvolver em longo prazo um sistema com 10 bilhões de neurônios com capacidade para 100 trilhões de sinapses, possuindo 2 litros de volume e menos de 1 kilowatt de energia. Para isso, os cientistas afirmam que precisam pensar em outro modelo de arquitetura de processadores para criar algo mais eficiente.
O uso do chip, de acordo com a IBM, pode ser usado, por exemplo, para monitorar o suprimento de água mundial, gravando e enviando relatórios de temperatura, pressão, altura das ondas, acústica, podendo alertar com eficiência a ocorrência de um tsunami. A decisão do alerta é inteiramente feito pelo computador. Em um supermercado, sensores nas prateleiras poderiam monitorar os produtos pelo cheiro, textura ou pela aparência para determinar se ele está estragado ou contaminado, avisando o estabelecimento para realizar a troca.