Antes de aprovar o pedido de reforço pelas forças federais para o Rio
Grande do Norte, nas eleições de 7 de outubro, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) vai requisitar mais informações ao Tribunal Regional
Eleitoral, do Estado. Pelo menos, quatro ministros do TSE, entre eles, a
presidente, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, estão preocupados com o
alto número de pedidos de ajuda das Forças Armadas encaminhados pela
Corte potiguar.
Na noite de quinta-feira, 27, em sessão
administrativa do Pleno do TSE, o julgamento do principal processo, que
envolve a requisição de homens do Exército Brasileiro para 111
municípios (66,4% do total de cidades do RN) foi suspenso, por um pedido
de vistas da ministra Cármen Lúcia. Esse pedido ocorreu após a relatora
do processo, ministra Laurita Vaz, votar pela aprovação do envio de
força federal para esse lote maior de cidades potiguares, em razão das
justificativas apresentadas pelos Juízes Eleitorais. Um segundo
processo, que abrange sete municípios, ainda está em análise pela
ministra Nancy Andrighi.
No total, o TRE-RN solicitou o
procedimento especial das Forças Armadas, chamado de Garantia de Lei e
Ordem (GLO), para 118 municípios [por erro de digitação no processo, o
nome da cidade de Mossoró foi duplicado, por isso a soma anterior
divulgada pelo TSE era de 119, mas foi corrigida, ontem).
Proporcionalmente, o RN é o estado que tem o maior número de municípios,
70,6% do total, com pedido de reforço federal no TSE. No Piauí, 63,8%
dos municípios querem reforço e no Pará, 46,8%.
Fonte: Tribuna do Norte