Passado um ano do início dos protestos de rua no Brasil, as grandes passeatas perderam força. O nível de tensão nas ruas, no entanto, mantém-se elevado, impulsionado por manifestações de categorias ou segmentos de trabalhadores que ameaçam cruzar os braços.
O Brasil chega à Copa do Mundo com pelo menos 40 movimentos grevistas, concentrados no serviço público e em setores essenciais, como transporte e educação. Levantamento feito pelo site de VEJA mostra que catorze categorias estão mobilizadas em 23 cidades.
A visibilidade internacional do momento e a coincidência com datas-bases de trabalhadores criaram um problema a mais para prefeituras e governos estaduais e federal, e não há sinal de que, encerrado o mundial, a situação vá se acalmar. As reivindicações de agora têm um componente a mais de dificuldade para as negociações: nem sempre os sindicatos constituídos lideram as paralisações, o que torna praticamente impossível alcançar o consenso e respeitar acordos previamente estabelecidos.