Um rapaz de 23 anos foi detido nesta semana em Porto Velho (RO) enquanto apontava raio laser verde em direção às aeronaves militares que sobrevoavam a região. A prisão em flagrante foi possível em função das coordenadas precisas registradas pelos sistemas embarcados no A-29 Super Tucano do 2º/3º GAV, Esquadrão Grifo.
A prisão foi efetuada pela Polícia de Aeronáutica da Base Aérea de Porto Velho (BAPV). Ele vai responder pelo artigo 261 do Código Penal que discorre sobre atos que exponham embarcações ou aeronaves ou causem dificuldades ou impedimentos à navegação marítima, aérea ou fluvial.
Desde 2011 havia reclamações dos pilotos. Em cumprimento à solicitação do Ministério Público Militar, junto à Procuradoria de Justiça Militar em Manaus, a BAPV instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) com o objetivo de apurar a autoria de emissão de raios laser de cor verde contra aeronaves militares.
Nas últimas semanas, durante voos de treinamento, as coordenadas registradas pela aeronave indicavam que os raios partiam da mesma região. Na segunda-feira (11/03), o raio laser voltou a ser apontado para o céu. Em voo, o piloto reportou a ocorrência para o Oficial de Operações, o qual repassou a informação para os militares que já se encontravam em diligências no local.
Sabendo do potencial danoso do laser verde, o comandante da Base em Porto Velho defende o uso da informação como arma para evitar casos semelhantes. “O objetivo é conscientizar para que não use o laser”, afirma o Coronel-Aviador Augusto César Abreu dos Santos.
Em 2012, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) registrou mais de 1.400 relatos de emissão de raios laser em todo o país.
Além do potencial de causar lesões, o raio laser verde pode provocar incômodo, distração e cegueira momentânea nos pilotos durante as fases de pousos e decolagens. Justamente os procedimentos que requerem mais atenção da tripulação.
Fonte: Blog do BG