O delegado da Polícia Federal Matheus Mela Rodrigues revelou nesta
quinta-feira (10), em sessão secreta na CPI do Cachoeira, no Congresso,
que 28 malotes lotados de documentos, fitas e arquivos virtuais
apreendidos pela PF durante a Operação Monte Carlo ainda não foram
analisados.
O material, segundo o delegado, foi apreendido em 80 endereços
diferentes no dia 29 de fevereiro último, quando foi deflagrada a
operação que prendeu o empresário de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira. O
conteúdo desse material é desconhecido do próprio delegado até o
momento, pois passa por perícia técnica no INC (Instituto Nacional de
Criminalística) da direção-geral da PF, em Brasília.
Segundo o delegado, Cachoeira arrecadava mensalmente, em média, R$ 1
milhão com 30 locais em que operavam máquinas de caça-níqueis sob seu
controle. Desse total, 30% seria o ganho pessoal líquido de Cachoeira, o
que projeta um valor de R$ 3,6 milhões anuais.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que participa da
sessão, o depoimento de Mela lhe deu a convicção de que os diretores da
empreiteira Delta e o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) devem ser
ouvidos “imediatamente”.
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