A inadimplência dos consumidores no comércio potiguar avançou 5,34% em 2011. Levando em conta a identificação de uma média anual de 700 mil registros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) dentro do Rio Grande do Norte, foram mais de 37 mil novos débitos no ano passado. O vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Natal), Augusto Vaz, ressalta efeitos, mesmo que psicológicos, da crise econômica mundial, e o fato da comparação se dar com um ano muito bom para a economia, como foi 2010.
Embora o número de devedores tenha crescido, Augusto Vaz ressalta que a inadimplência teve uma característica de curto prazo. "Mais de 50% quitou os débitos em até 60 dias. Os consumidores entraram e saíram do SPC no mesmo ano", acrescenta. Mesmo assim, fica pendente uma quantidade razoável de dívidas para o ano seguinte. Entretanto, o vice-presidente da CDL Natal acrescenta que a maioria dos débitos é de pequeno porte, com 68% das dívidas igual ou abaixo de R$ 100.
Para oinício de 2012 a expectativa é de alta em janeiro e fevereiro, como historicamente ocorre nos dados do SPC. "As compras pré-datadas nas festas de fim de ano vão ter as parcelas vencendo nestes meses", observa Vaz. Além disso, os tradicionais gastos com impostos (IPTU e IPVA), mais as contas de material escolar e matrículas para a volta às aulas, são um fardo extra para o início do ano. A CDL Natal calcula uma média anual de 12% a 14% no período. "O número é gritante, mas está dentro da normalidade. É preciso tomar cuidado para não exagerar", alerta Vaz.
Na avaliação do vice-presidente da CDL Natal, o RN vem seguindo tendências nacionais e está dentro de um bom patamar. "O perigoso é quando começa a sair do eixo nacional. Seria muito bom tem taxa zero de inadimplência e um comércio mais saudável, porém estamos bem", conclui.
Mulheres com mais dívidas
O nome de cada inadimplente é registrado em uma média de três débitos, ou seja, cerca de 233 mil potiguares entram no SPC anualmente dentro de um universo de 700 mil registros anuais. Do total de devedores, 54% são do sexo feminino, enquanto 46% do masculino, segundos dados de janeiro a novembro de 2011.
Fonte: DN Online
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