domingo, 13 de maio de 2012

CIÊNCIA: Psiu! É só impressão ou algumas pessoas realmente falam alto demais?

Você já reparou que existem pessoas que falam superalto, do tipo que não sabe o que é ser discreto nem o significado da palavra “cochichar”? Por outro lado, também existem aquelas que falam tão baixo que às vezes nos perguntamos como deve ser o som de suas vozes.

O que dizem os especialistas?

A diretora do laboratório de acústica e percepção da fala da Universidade de Cleveland, Dra. Amee Shah, afirma que existem quatro fatores que podem influenciar no volume que uma pessoa emprega ao falar: biológico, patológico, cultural e de personalidade.

A biologia explica

O fator biológico está relacionado à maneira como o nosso corpo está estruturado, ou seja, o volume da nossa voz depende do tamanho e força dos órgãos envolvidos no processo de fala. Portanto, o tamanho de nossa laringe e cordas vocais pode influenciar a nossa capacidade de projetar a voz. Além disso, o tamanho dos pulmões determina a quantidade de ar que passa pelas cordas vocais, interferindo na potência desse som.

A medicina também explica

O fator patológico está relacionado a doenças que um indivíduo pode ter desenvolvido durante vida, o que pode provocar mudanças nos tecidos ou interferir na vibração das cordas vocais. Além disso, as cordas vocais vão se atrofiando com a idade, tendo efeitos negativos sobre a voz.

Personalidade tímida ou extrovertida?

A personalidade de um indivíduo também pode influenciar no volume que ele emprega para se comunicar. Pessoas mais tímidas e introvertidas provavelmente falarão muito mais baixo do que as extrovertidas e mais ousadas, pois costumam ficar desconfortáveis em situações sociais.

A influência cultural

A cultura também exerce um papel importante, pois para alguns povos não é permitido falar alto, especialmente no caso das mulheres, que inclusive podem ser proibidas de se expressar em público. Esses aspectos também podem acabar regulando o volume da voz de uma pessoa.
 
(Fonte da imagem: Reprodução/Thinkstock)

A genética também?

Muitos afirmam que falar alto — ou baixo — é uma questão genética. Entretanto, a pesquisadora afirma que se trata mais de uma questão de influência do ambiente. No caso do entorno familiar, por exemplo, membros de famílias numerosas e barulhentas são obrigados a falar alto ou do contrário não serão ouvidos. Trata-se mais de uma questão de sobrevivência.
Entretanto, crescer rodeado de pessoas que falam alto demais também pode ter um efeito inverso. Se um dos membros da família fala muito alto, o outro pode acabar sendo mais retraído. Será a influência da personalidade de novo?
 
(Fonte da imagem: Reprodução/Thinkstock)

Boas notícias para quem fala baixinho

É possível treinar para falar mais alto, e para isso a especialista sugere vários métodos conhecidos. Entre eles, Shah propõe que o indivíduo faça inspirações mais profundas, tome mais líquidos para hidratar as cordas vocais, aprenda a controlar a respiração de forma mais eficiente e frequente aulas de ioga.
Segundo a especialista, todas essas pequenas atitudes dão mais projeção à voz e ajudam a regular o volume. 

Fonte: www.tecmundo.com.br/

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