Você já reparou que existem pessoas que falam superalto, do tipo que
não sabe o que é ser discreto nem o significado da palavra “cochichar”?
Por outro lado, também existem aquelas que falam tão baixo que às vezes
nos perguntamos como deve ser o som de suas vozes.
O que dizem os especialistas?
A diretora do laboratório de acústica e percepção da fala da
Universidade de Cleveland, Dra. Amee Shah, afirma que existem quatro
fatores que podem influenciar no volume que uma pessoa emprega ao falar:
biológico, patológico, cultural e de personalidade.
A biologia explica
O fator biológico está relacionado à maneira como o nosso corpo está
estruturado, ou seja, o volume da nossa voz depende do tamanho e força
dos órgãos envolvidos no processo de fala. Portanto, o tamanho de nossa
laringe e cordas vocais pode influenciar a nossa capacidade de projetar a
voz. Além disso, o tamanho dos pulmões determina a quantidade de ar que
passa pelas cordas vocais, interferindo na potência desse som.
A medicina também explica
O fator patológico está relacionado a doenças que um indivíduo pode
ter desenvolvido durante vida, o que pode provocar mudanças nos tecidos
ou interferir na vibração das cordas vocais. Além disso, as cordas vocais vão se atrofiando com a idade, tendo efeitos negativos sobre a voz.
Personalidade tímida ou extrovertida?
A personalidade de um indivíduo também pode influenciar no volume que
ele emprega para se comunicar. Pessoas mais tímidas e introvertidas
provavelmente falarão muito mais baixo do que as extrovertidas e mais
ousadas, pois costumam ficar desconfortáveis em situações sociais.
A influência cultural
A cultura também exerce um papel importante, pois para alguns povos
não é permitido falar alto, especialmente no caso das mulheres, que
inclusive podem ser proibidas de se expressar em público. Esses aspectos
também podem acabar regulando o volume da voz de uma pessoa.
(Fonte da imagem: Reprodução/Thinkstock)
A genética também?
Muitos afirmam que falar alto — ou baixo — é uma questão genética.
Entretanto, a pesquisadora afirma que se trata mais de uma questão de
influência do ambiente. No caso do entorno familiar, por exemplo,
membros de famílias numerosas e barulhentas são obrigados a falar alto
ou do contrário não serão ouvidos. Trata-se mais de uma questão de
sobrevivência.
Entretanto, crescer rodeado de pessoas que falam alto demais também
pode ter um efeito inverso. Se um dos membros da família fala muito
alto, o outro pode acabar sendo mais retraído. Será a influência da
personalidade de novo?
(Fonte da imagem: Reprodução/Thinkstock)
Boas notícias para quem fala baixinho
É possível treinar para falar mais alto, e para isso a especialista
sugere vários métodos conhecidos. Entre eles, Shah propõe que o
indivíduo faça inspirações mais profundas, tome mais líquidos para
hidratar as cordas vocais, aprenda a controlar a respiração de forma
mais eficiente e frequente aulas de ioga.
Segundo a especialista, todas essas pequenas atitudes dão mais projeção à voz e ajudam a regular o volume.
Fonte: www.tecmundo.com.br/
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