A advogada Ana Lúcia Assad, que defende Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a estudante Eloá Pimentel em 2008, pediu nesta quarta-feira que a população pare de hostilizá-la. "Eu não sou acusada, eu não sou ré", afirmou, em frente ao Fórum de Santo André, no ABC Paulista, onde acontece o terceiro dia do julgamento do caso. Enquanto a defensora falava com a imprensa, uma multidão que aguarda pelo desfecho do caso do lado de fora do prédio gritava "justiça" e palavras de ordem como "vai embora" e "fora".
"Eu peço aos populares que não me hostilizem. Eu não sou acusada, eu não sou ré. Fiquei muito chateada com essa hostilidade. Advogado de defesa não defende conduta, defende um direito. Justiça não se faz sem defesa", afirmou ela.
Ana Lúcia, que alega ter visto na imprensa notícias de que teria discutido com a mãe de Eloá no plenário, afirma que os protestos contra ela ocorreram após divulgação de tais informações. "Eu jamais me dirigi à Ana Cristina, eu nunca discutiria com ela. Eu me solidarizo com a família de Eloá. Deve ser uma dor horrorosa perder um filho", explicou.
Acompanhada dos advogados que representam a família da vítima, que afirmaram anteriormente que Ana Lúcia ameaçou abandonar o plenário em alguns momentos, a defensora negou que irá deixar o caso e descartou qualquer tentativa de anular o julgamento.
"Vou levar o júri até o final. Só saio dessa plenária com a decisão da juíza", afirmou. Ela disse ainda estar "otimista e confiante" de que a "verdade" aparecerá ao final do julgamento.
Fonte: terra.com.br/
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