Supostas ameaças de criminosos fecham escolas em João Pessoa
JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO
Sete escolas de João Pessoa (PB) interromperam as aulas na manhã desta terça-feira depois que veículos de comunicação da cidade divulgaram que membros de uma facção criminosa conhecida como Al Qaeda, que age em presídios da capital paraibana, ameaçaram incendiar escolas.
Segundo a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, as ameaças não passam de boatos.
De acordo com a secretaria, os boatos se espalharam ainda na segunda-feira (12), quando os alunos de uma escola municipal foram liberados por causa da morte de um professor. A pasta afirma ainda que alguns habitantes da região onde ficam a escola espalharam que os alunos haviam sido dispensados por causa de um toque de recolher imposto por traficantes da facção.
Nesta terça-feira, a notícia voltou a se espalhar, desta vez veiculada por uma rádio e sites de João Pessoa. Segundo a PM, nenhuma escola informou à polícia ter recebido ameaças e nenhuma ocorrência foi registrada ao longo do dia.
Ainda assim, vários pais foram buscar seus filhos nas escolas e as aulas foram interrompidas em cinco escolas municipais e duas estaduais de João Pessoa. O total de alunos dispensados não foi divulgado.
Apesar de afirmar que considera as ameaças fruto de boatos, a PM diz que reforçou as patrulhas em regiões próximas a escolas.
A Al Qaeda, facção criminosa a qual foram atribuídas as ameaças, surgiu há cinco anos no bairro de Mandacaru, um dos mais violentos de João Pessoa, segundo a Secretaria do Estado de Administração Penitenciária da Paraíba.
A facção, batizada com o mesmo nome do grupo terrorista islâmico fundado por Osama Bin Laden (1957-2011), age de dentro dos presídios de João Pessoa e disputa com outros grupos criminosos o controle do tráfico de drogas nas principais cidades do Estado.
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