A inversão nos números do Datafolha, com vantagem numérica da candidata petista Dilma Rousseff, acendeu luz amarela no ninho tucano. A maior preocupação no comando da campanha de Aécio Neves é com o resultado na região Sudeste.
Aécio tem vantagem em relação a Dilma no Sudeste (49% a 40%). Mas a diferença diminuiu em relação à pesquisa anterior, onde o tucano tinha 50% e a petista 35%.
Por isso, haverá uma operação nesta reta final para ampliar a dianteira na região com o maior eleitorado do país. No Rio de Janeiro, os tucanos reconhecem que há uma desvantagem de estrutura, já que Dilma tem os dois palanques do segundo turno no estado: o de Pezão (PMDB) e o de Crivella (PRB).
Em São Paulo, a preocupação é com o agravamento da crise hídrica. O temor é que isso possa influenciar na reta final, diminuindo a expectativa inicial da vantagem prevista no estado.
Em Minas Gerais, também há preocupação. Há o reconhecimento entre os tucanos que Aécio tem condições de virar o jogo no estado. Mas que seria preciso abrir uma vantagem de quase 2 milhões de votos no seu estado, o que, hoje, é um número difícil de ser alcançado.
Outra preocupação entre os tucanos é com a rejeição de Aécio. Ele tem um índice (40%) ligeiramente superior ao de Dilma (39%). Na primeira pesquisa Datafolha, 34% diziam que não votariam em Aécio de jeito nenhum contra 43% de rejeição de Dilma.
A pesquisa mostra que tem causado, sim, danos à imagem do tucano Aécio Neves a estratégia de desconstrução feita pelo PT. Segundo o Datafolha, para 56% dos eleitores, Aécio é quem mais defenderá os ricos, caso se torne presidente. Esse índice é de apenas 17% para Dilma.
Já para 57% dos eleitores, Dilma é a candidata que mais defenderá os pobres. Só 26% dos eleitores enxergam em Aécio um defensor dos pobres.
Outro dado negativo para a campanha tucana: entre os indecisos, 31% admitem que poderiam votar na Dilma e 24% em Aécio.
Há o reconhecimento nas duas campanhas que essa eleição será disputada até o último minuto. Por isso mesmo, o cuidado é para evitar erros nesta reta final do segundo turno e conseguir acertar a estratégia regional.
Fonte: G1
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