Planando 600 metros acima do solo, o helicóptero da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), o Potiguar I, estaria em mais uma ronda de inspeção rotineira, não fosse pela parafernália tecnológica de que agora está dotado e que permite visualizar com detalhes e uma precisão impressionante objetos que estejam no solo a até 40 quilômetros de distância.
O nome do novo equipamento utilizado pelas forças policiais para combater a criminalidade tem nome: imageador aéreo. Trata-se de um mecanismo com duas câmeras, acoplado na parte frontal da aeronave, dotadas de sensores infravermelho, permitindo, o que é ainda mais surpreendente, detectar objetos que se movam na superfície a partir do calor emitido, algo útil, por exemplo, para buscas em mata fechada. Simplificando: é uma ferramenta capaz de captar o invisível.
E não é só: a ferramenta transmite tudo em tempo real para o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). De lá, quem recebe as imagens pode acionar o órgão competente para atuar nas demandas policiais identificadas a partir do Potiguar I.
Ao custo de R$ 8 milhões (recursos do Governo Federal), o imageador promete revolucionar a forma como a Polícia Militar combate a criminalidade na Região Metropolitana de Natal. A convite da equipe da Sesed, a reportagem acompanhou os trabalhos feitos com o equipamento em um voo de 15 minutos.
“Está vendo a torre?”, indagou o piloto do Potiguar I apontando para o monitor, enquanto a aeronave planava 700 metros acima do solo. Na imagem indicada, uma torre de telefonia celular se erguia em detalhes na tela. “Sim”, confirmou o repórter. “Está a 19 quilômetros”, acrescentou o piloto em um tom natural, como quem anuncia que vai chover. “Dezenove quilômetros?”, questionou o repórter boquiaberto, ao constatar que a aeronave sobrevoava Candelária, na Zona Sul, enquanto a torre visualizada estava no final da Zona Norte, do outro lado da cidade.
Fonte: Portal No Ar
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