Construir estradas e administrar a verba federal empenhada para
projetos de rodovias tem sido o maior “calo” dos administradores estaduais de
todo o Brasil. Cada vez mais amplo e com mais recursos disponíveis para
liberação, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi recebido com festa
pelos governadores que não conseguiram otimizar a aplicação dos recursos.
Trocando em miúdos, os governadores se perderam em mares – ou melhor,
estradas – de dinheiro. Os números do Ministério do Planejamento mostram que as
principais obras de rodovias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
registram atraso médio de quatro anos em relação à data inicialmente prevista
de conclusão.
Atualmente, as obras de rodovias em todo o Brasil são divididas em nove
e segundo o cronograma das obras - de rodovias em todo o país que integram a
edição dois do PAC - oito estão em andamento e uma está concluída.
No Rio Grande do Norte a “eterna” duplicação da rodovia BR-101 ainda
não está completamente pronta. A obra estava incluída no PAC 1 com previsão de
entrega em 2009. Com a criação do PAC 2, a obra ganhou mais tempo para prazo
final, que estava determinado para 2011 e mais recentemente, o Governo federal
esticou ainda mais o prazo para 2014, o que resulta em um atraso de 60
meses.
Mesmo com 60 meses de atraso, existem estados do Nordeste com 72 meses
e status de “atenção” enquanto o Rio Grande do Norte tem status “adequado”. E
como acelerar e crescer requer tempo, nem tudo está perdido: a entrega da obra
foi adiada para o próximo ano e corresponde ao trecho que liga Natal até a
divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba.
Para não dizer que o Programa de Aceleração do Crescimento não deu
sorte ao Rio Grande do Norte, a duplicação da BR-101 foi entregue – mesmo
incompleta – no ano passado, mas trechos como as marginais entre Natal (RN) e
Arez (RN) ficarão para julho de 2014.
Se depender do Ministério do Planejamento, a obra deve receber até o
ano que vem o Governo do Estado o montante de R$ 429,8 milhões para obras.
Calma leitor, não se lamente, o PAC poderia ter sido bem pior como ocorreu com
o Rio Grande do Sul, o irmão de nomenclatura com o Estado potiguar, mas que
também teve entrega de obras adiada e amarga um atraso de 72 meses no prazo estabelecido pelo governo.
Fonte: Nominuto
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