(Foto: AP Photo/Eraldo Peres) |
Protestos contra a corrupção marcaram as comemorações desta sexta-feira
pelo 190º aniversário do Dia da Independência em várias cidades do país
e, em muitos casos, os tradicionais desfiles militares foram seguidos
de marchas de manifestantes.
A principal manifestação aconteceu em Brasília, onde centenas de
pessoas marcharam pela mesma avenida em que poucos minutos antes passou o
grande desfile militar liderado pela presidente Dilma Rousseff.
As comemorações em que Dilma esteve presente também foram permeadas por
manifestações de policiais federais em greve, parentes de militares que
exigem aumentos salariais e até duas integrantes de um grupo
internacional feminista que, com os seios expostos, conseguiram caminhar
alguns metros à frente de um grupo de tanques de guerra.
As duas mulheres foram detidas e levadas para a Delegacia de Repressão a
Pequenas Infrações, onde irão prestar depoimento e, depois, devem ser
liberadas.
As manifestações contra a corrupção, convocadas pelas redes sociais em
pelo menos 58 cidades, reuniram milhares de pessoas no mesmo palco dos
desfiles militares em capitais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro,
Porto Alegre e Curitiba.
Os protestos, convocadas por ONGs que se dizem apartidárias, exigiram
maior empenho no combate à corrupção e exibiram cartazes em apoio ao
julgamento do "Mensalão". O Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem
concluiu a segunda fase do processo, já condenou oito dos 37 réus e
absolveu outros dois.
Foi o segundo ano consecutivo em que ONGs convocaram manifestações contra a corrupção no Dia da Independência.
Assim como no ano passado, a maior parte dos manifestantes esperarou
que os militares concluíssem seu desfile pela Esplanada dos Ministérios,
a principal avenida de Brasília, para marchar em frente às mesmas
escadarias em que pouco antes cerca de 40 mil pessoas assistiam aos
desfiles militares.
Fonte: Revista Época
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