Área que deveria receber o projeto, em Galinhos: intenção de construir parque nas dunas gerou protestos |
O apetite dos investidores por energia eólica continua em ascensão.
Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgados ontem mostram
que quase 90% dos projetos cadastrados nos leilões de energia elétrica
(A-3 e A-5) programados para junho e agosto de 2012 são de parques
eólicos. O Rio Grande do Norte, que havia sido líder em projetos
cadastrados e energia eólica ofertada em leilões anteriores, continua
entre os estados mais promissores, mas caiu para a quarta colocação no
leilão de junho e para a terceira no de agosto (veja o quadro). O setor
enfrenta dificuldades para deslanchar dentro e fora do estado. Matéria recente do Valor Econômico mostra que atraso na implantação do
sistema de transmissão de energia eólica e limitação da capacidade dos
órgãos ambientais estaduais emperram projetos. No RN, o Ministério
Público pediu a suspensão das licenças de um parque eólico que seria
instalado em Galinhos.
Para Jean-Paul Prates, ex-secretário estadual de Energia e atual presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), o principal gargalo continua sendo o atraso na implantação do sistema de transmissão de energia eólica. "O Brasil sempre se preocupou em chegar com energia elétrica e não em tirar esta energia", afirma. Os parques eólicos ficam dispersos, o que dificulta a conexão. "É preciso encontrar uma forma de integrá-los", defende. As ICGs - estações coletoras que ligam os parques mais distantes à rede básica - são paliativas. "Chegam com atraso e não atendem toda a demanda". A saída, aponta Prates, seria a união entre os estados. O RN, segundo ele, poderia se unir ao Ceará - um dos estados com grande potencial eólico - e solicitar a instalação de uma nova linha de transmissão de grande porte. A possibilidade chegou a ser discutida, mas depois foi abandonada. O problema, reconhece Prates, não é exclusivo do RN.
Para Jean-Paul Prates, ex-secretário estadual de Energia e atual presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), o principal gargalo continua sendo o atraso na implantação do sistema de transmissão de energia eólica. "O Brasil sempre se preocupou em chegar com energia elétrica e não em tirar esta energia", afirma. Os parques eólicos ficam dispersos, o que dificulta a conexão. "É preciso encontrar uma forma de integrá-los", defende. As ICGs - estações coletoras que ligam os parques mais distantes à rede básica - são paliativas. "Chegam com atraso e não atendem toda a demanda". A saída, aponta Prates, seria a união entre os estados. O RN, segundo ele, poderia se unir ao Ceará - um dos estados com grande potencial eólico - e solicitar a instalação de uma nova linha de transmissão de grande porte. A possibilidade chegou a ser discutida, mas depois foi abandonada. O problema, reconhece Prates, não é exclusivo do RN.
Fonte: Tribuna do Norte
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