Fifa nega possibilidade de tirar a Copa-2014 do Brasil
DE SÃO PAULO
Após a reunião com a presidente Dilma Rousseff e a comitiva brasileira, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, descartou que a entidade discutiu a possibilidade de tirar a Copa do Mundo-2014 do Brasil. O encontro entre representantes brasileiros e da Fifa foi realizado nesta segunda-feira, em Bruxelas, na Bélgica.
"Nunca discutimos a possibilidade de tirar ou não a Copa do Brasil. Confiamos e queremos a Copa no Brasil", afirmou Valcke após o encontro. O secretário geral da Fifa declarou também que a cooperação com o Brasil na organização da Copa é fundamental, já que a realização do evento esportivo pode trazer benefícios para ambas as partes.
O encontro com representantes da Fifa foi um pedido da presidente Dilma Rousseff em virtude da Lei Geral da Copa do Mundo.
Após a reunião, Dilma se dispôs a rever alguns pontos da Lei Geral da Copa que divergem da proposta pedida pela entidade. No entanto, declarou ser impossível negar a concessão de meia-entrada para idosos, pois o direito é assegurado pelo Estatuto do Idoso.
Antes do encontro, a presidente Dilma Rousseff tinha declarado que pretendia resistir à pressão da entidade e não recuar na decisão de permitir a meia-entrada nos jogos da Copa do Mundo-2014.
Além da meia-entrada, outras questões discutidas no encontro foram a proibição à venda de bebidas alcoólicas nos estádios e a punição para os responsáveis por pirataria.
Com relação à proibição da venda de bebida alcoólicas, o ministro do Esporte, Orlando Silva, lembrou que a determinação está no estatuto da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e que pode ser alterado.
Já sobre o crime por pirataria durante a Copa do Mundo de 2014, a intenção da Fifa é elevar a prisão para, no mínimo, três meses e, no máximo, um ano. No Brasil, a pena é de um mês a três meses de prisão.
Os dirigentes da Fifa irão no dia 12 a Brasília para uma nova rodada de conversas. Valcke disse ainda que entre os dias 18 e 20 deste mês a Fifa anunciará qual cidade vai sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.
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