João* ensaiava algumas músicas com um amigo na garagem de casa, no bairro de Candelária, na noite da segunda-feira do dia 18 de maio. A pequena apresentação musical era assistida pelo irmão, José*, e outro conhecido. Por volta das 22h, quando José abriu o portão para que um dos colegas
pudesse ir embora, a noite tranquila se transformou em momentos de terror, agonia e medo.
Bandidos armados perceberam os dois na calçada e rapidamente desceram de um veículo apontando as armas de fogo para as vítimas. Em seguida, obrigaram os jovens a entrarem no recinto, fecharam o portão e iniciaram a busca pelos pertences dentro da residência.
“Eles chegaram armados, colocaram a gente na garagem, mandou todo mundo deitar e perguntando se tinha polícia ou arma. Revistaram todo mundo”, relatou José.
Popularmente conhecido como “arrastão”, essa modalidade de crime tem acontecido com uma frequência cada vez maior na região metropolitana de Natal e vem amedrontando moradores dos mais diversos bairros da capital e cidades próximas.
Televisores, aparelhos de som, instrumentos musicais, roupas, celulares e veículos. Nada passa despercebido pelos assaltantes.
Outra característica desse tipo de ação é a frequente ameaça e intimidação às pessoas rendidas. Subjugadas pela iminência de serem assassinadas, as vítimas relatam que durante o roubo escutam dos ladrões palavras aterrorizantes.
“Eles ficavam perguntando por armas, diziam o tempo todo que se a gente reagisse iriam nos matar”, descreveu José.
Somente na semana passada, foram divulgados pela imprensa pelo menos quatro crimes semelhantes e a constatação de que nem mesmo quem trabalha na área da segurança pública está imune à ação dos marginais.
Geralmente em bando, os criminosos ficam à espreita e aproveitam o momento de entrada ou saída das pessoas nas residências para realizar os ataques. Após a abordagem bem sucedida, ocorre a subtração de quase todos os pertences dos moradores.
Fonte: Nominuto
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