Depois de um primeiro tempo dificil, cheio de sustos, o São Paulo conseguiu vencer o Red Bull Brasil por 3 a 0 neste sábado, no Morumbi, e avançou às semifinais do Campeonato Paulista. Rogério Ceni abriu o placar em cobrança de falta no finalzinho da etapa inicial, quando seu time não ia bem na partida. Na segunda etapa, Ganso, que vinha sendo criticado pela torcida e foi vaiado antes do jogo, "acordou".
No intervalo, Milton Cruz mudou o posicionamento da equipe, permitindo que Ganso jogasse mais centralizado e perto de Alexandre Pato. A partir disso, o meia apareceu muito bem, dando assistência para o camisa 11 e deixando sua marca.
Agora, o clube do Morumbi espera as partidas deste domingo, entre Palmeiras x Botafogo-SP e Santos x XV de Piracicaba para definir quem terá que derrotar para chegar a final.
Antes disso, porém, um jogo decisivo: na quarta-feira, o São Paulo encara o Danubio, no Uruguai, pela Libertadores. Antes disso, na terça, a diretoria são-paulina aguarda uma resposta do argentino Alejandor Sabella, preferido para assumir o cargo de técnico após a saída de Muricy Ramalho.
Fases do jogo: O São Paulo entrou ligado no jogo, disposto a pressionar o Red Bull. O adversário não se intimidou, e também foi ao ataque, procurando o gol e encarando os anfitriões de igual para igual no Morumbi.
Desorganizado taticamente, o time comandado por Milton Cruz teve muitas dificuldades no ataque: as trocas de passes aconteciam, mas não encontravam Alexandre Pato, sozinho na frente. Ganso atuou mais aberto na esquerda, com Michel Bastos na direita e um trio de volantes composto por Denilson, Souza e Wesley.
Juninho não fez nenhuma grande defesa nos primeiros 40 minutos, e viu sua equipe desperdiçar várias oportunidades. Denilson errou passe no meio de campo de Edmilson saiu na cara do gol, mas Toloi fez o corte. Depois, foi a vez de Lulinha finalizar de letra após cruzamento da direita, para defesa de Rogério Ceni.
Ceni voltou a aparecer bem aos 22 minutos, quando Edmilson pegou sobra do chute de Jocinei, na cara do gol, e parou no capitão são-paulino. Afobada, a defesa tricolor foi vítima de dribles envolventes dos atacantes do Red Bull e por pouco não sofreu um ou mais gols.
Tendo dificuldades com a bola rolando, o São Paulo voltou a contar com Rogério, desta vez no ataque. Pato sofreu falta na entrada da área; o goleiro bateu em direção a Ganso, na barreira. O meia desviou da bola, que morreu nas redes. Alívio antes do intervalo.
Os donos da casa voltaram mais organizados para a segunda etapa, com uma linha de quatro no meio de campo e Ganso mais próximo de Alexandre Pato. Deu certo logo nos primeiros cinco minutos: em tabela com o meia, Pato invadiu a área e finalizou sem chances para Juninho, fazendo 2 a 0.
A mudança acordou o camisa 10: minutos depois, após boa jogada e cruzamento de Michel Bastos, Ganso subiu de cabeça e marcou o seu. 3 a 0 e classificação para as semifinais praticamente garantida.
A partir daí, foi só administrar o resultado. O quarto gol só não saiu porque Hudson escorregou, após uma linda jogada do meia. Estava tudo bem. Ganso riu, cumprimentou o companheiro e avança, com o São Paulo, as semifinais.
O melhor: Ganso (São Paulo). O primeiro tempo não foi nada excepcional. No segundo, jogando centralizado e próximo de Pato, acordou e foi decisivo. Deu uma assistência para que o camisa 11 marcasse e, de cabeça, marcou o seu aproveitando um bom cruzamento de Michel Bastos. Apareceu na frente, e entrou muito na área, arriscando finalizações, como pedia o ex-técnico Muricy Ramalho.
O pior: Edmilson (Red Bull). Edmilson não fez má partida. Na verdade, incomodou bastante a defesa do São Paulo. O atacante, entretanto, teve em seus pés duas chances claríssimas de gol e desperdiçou. Ambas vieram na primeira etapa, em um momento no qual sua equipe era melhor em campo. Se uma delas tivesse sido aproveitada, poderia te rmudado totalmente a história do jogo.
Toque dos técnicos: Milton Cruz armou o São Paulo em uma variação de um 4-3-3, com Denilson, Wesley e Souza no meio, Ganso, Michel Bastos e Pato no ataque. Os jogadores pareceram não entender muito bem o que desejava o treinador, e o time foi desorganizado a primeira metade. Trocas de passe com pouca penetração e objetividade voltaram a acontecer – no segundo tempo, em o interino conseguiu acertar o posicionamento, centralizando Ganso e abrindo Wesley pela direita. O Red Bull entrou em campo bem armado por Mauricio Barbieri. Três jogadores povoando o meio, um aberto em cada ponta e Edmilson no ataque. Dos pés de Lulinha, Everton Silva e Edmilson surgiram oportunidades, que poderiam ter mudado o jogo se melhor aproveitadas. No segundo tempo, sentiu os gols e acabou atropelado.
Para lembrar
De fora. Souza levou o terceiro cartão amarelo, e vai ficar de fora das semifinais,
Que fase. Depois do chapéu de Cauteruccio na derrota diante do San Lorenzo, Rafael Toloi voltou a levar o drible. O autor, dessa fez, foi Edmilson.
Esquiva. Rogério Ceni cobrou falta em cima de Ganso, que estava na barreira. O meia fez ginástica para desviar da bola, o que tirou qualquer chance de defesa do goleiro Juninho.
Opa... No finalzinho do jogo, Ganso deixou uma bola passar com categoria, colocando Hudson dentro da área. O volante escorregou, não conseguiu chutar a bola. Foj consolado pelo camisa 10.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X RED BULL
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 11 de abril de 2015, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza
Assistentes: Bruno Salgado Rizo e Tatiane Sacilotti
Cartões amarelos: Souza, Lucão (São Paulo) Fabiano Eller, Romário, Andrade, Lulinha (Red Bull)
Gols: Rogério Ceni, 43'-1ºT (1-0); Pato, 5'-2ºT (2-0); Ganso, 16'-2ºT (3-0)
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Hudson, Rafael Toloi, Lucão (Doria) e Reinaldo; Denilson, Souza (Rodrigo Caio); Wesley, Ganso (Centurión) e Michel Bastos; Alexandre Pato
Técnico: Milton Cruz
RED BULL BRASIL: Juninho, Jonas, Anderson Marques, Fabiano Eller e Romário; Andrade (Isac), Jocinei e Lulinha; Éverton Silva (Carlinhos), Edmilson e Marcelo (Allan Dias)
Técnico: Mauricio Barbieri
Fonte: Uol Esporte
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