Jovens com idade entre 15 e 24 anos representam 79,3% da população masculina que morre no Rio Grande do Norte vítima de homicídios, acidentes de trânsito e outras causas não naturais. A proporção supera a média brasileira (68,5%) e também é a mais elevada de todos os estados do país. Os dados foram publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa sobre Estatísticas do Registro Civil – 2013, divulgada no início desta semana.
Embora a sobremortalidade de jovens do sexo masculino no Brasil não chegue a ser uma surpresa para o analista do IBGE Ivanilton Passos de Oliveira, ele chama atenção para o elevado número do Rio Grande do Norte e mais ainda para a situação das mulheres. “Nas pesquisas demográficas, já haviamos identificado há muito tempo essa sobremortalidade de jovens na população de homens, mas agora também vemos o crescimento de mulheres, dessa mesma faixa etária, na estatística de mortes por causas não naturais entre a população feminina. Elas estão começando a acompanhar os homens, o que é muito preocupante”.
A pesquisa do IBGE comprova o que Ivanilton Passos diz. No Rio Grande do Norte, do total de mulheres que morreram em 2013 vítimas de homicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios e outras causas não naturais, 46,9% tinham entre 15 e 24 anos – terceira proporção mais elevada entre todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Nesse segmento, o RN só ficou atrás do Rio Grande do Sul (55,6%) e Tocantins (50%). A média brasileira foi de 36,6%. A pesquisa do IBGE também não surpreendeu o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do RN, Marcos Dionísio, que defende que os próximos governos, tanto no plano estadual como federal, tratem a pacificação das comunidades brasileiras como prioridade.
Fonte: Tribuna do Norte
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