sexta-feira, 25 de abril de 2014

FAZ 30 ANOS DO MOVIMENTO QUE MUDOU O BRASIL

Manifestantes carregam faixa enquanto caminham para comício Pró-Diretas no Vale do Anhangabaú, em 16 de abril de 1984
Se um adolescente de 16 anos que tirou o título eleitoral para votar este ano pudesse viajar através do tempo, até abril de 1984, iria estranhar o passado, mas daria de cara com muita coisa familiar também. Assim como agora, em abril de 1984, os agricultores estavam preocupados com a irregularidade do inverno, a Emparn já dava como certo que as chuvas não seriam suficientes para encher os açudes. Assim como agora, o governo do Estado estava preocupado com a movimentação de diversas categorias do funcionalismo, que reivindicavam melhorias salariais e ameaçam entrar em greve.
Assim como agora, o Palácio do Planalto tentava abafar uma rebelião em sua base aliada no Congresso. A diferença é que, em vez da refinaria de Pasadena, o motivo da preocupação era a emenda do deputado federal Dante de Oliveira, do PMDB do Mato Grosso, que restabelecia as eleições diretas para presidente da República, depois de 20 anos de militares indicados pela cúpula das Forças Armadas.

Naquele ano, a bancada do Rio Grande do Norte no Congresso era formada pelos deputados Antônio Florêncio, Jessé Freire Jr., João Faustino, Vingt Rosado e Wanderlei Mariz, eleitos pelo PDS; Henrique Alves, Agenor Maria e Antônio Câmara, pelo PMDB. 

No Senado, o radialista Carlos Alberto de Souza, que obteve vitória consagradora nas urnas em 1982 pelo PDS, completava a bancada, que tinha Zezito Martins Filho, herdeiro da cadeira do falecido Jessé Pinto Freire, e Dinarte Mariz, o senador biônico do Rio Grande do Norte, que morreria alguns meses depois, em 9 de julho.

Fonte: Tribuna do Norte

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