Com reservatórios praticamente secos, governo do Estado manterá situação de emergência para garantir abastecimento de água |
Apesar de um inicio de março promissor e das previsões otimistas da meteorologia, o sertanejo ainda está cético quanto ao inverno de 2014. Esta dúvida será tirada hoje, Dia de São José, apontado pela crendice popular como referencial sobre a estação de chuvas no sertão nordestino. Para aquecer a fé do fiéis, a meteorologia ajuda com a estimativa de que hoje deverá chover em todas as regiões do Rio Grande do Norte, variando de cidade para cidade, conforme informou a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), que faz o monitoramento climático nos 167 municípios potiguares.
São José é o padroeiro da cidade de Angicos, na região Central. Para a festividade religiosa, a programação deverá começar às 06h, com uma primeira missa na igreja local, celebrada pelo pároco emérito de Angicos, Francisco das Chagas. Às 9 horas uma missa solene será presidida pelo arcebispo de Natal, Dom Jaime. Pela tarde, às 16h, uma procissão seguirá pelas principais ruas da cidade, para ser finalizada com a missa de encerramento, celebrada pelo arcebispo emérito de Natal, Dom Matias.
O último bom inverno no Rio Grande do Norte ocorreu em 2011. No comparativo de chuvas acumuladas nos dois primeiros meses do ano, a diferença é grande. Em 2011, a Emparn registrava situação de inverno normal em 50 municípios, chuvoso em 46 e muito chuvoso em 36. Em apenas 10 a situação era classificada como seco ou muito seco. No acumulado de janeiro e fevereiro, a situação em 2014 é a seguinte: seco ou muito seco em 75 municípios, chuvas em torno da média em 66. A Emparn registra ainda situação chuvosa em 10 municípios e muito chuvoso em apenas um.
Mas isso não quer dizer que 2014 seja ano de seca. O meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, destaca que as chuvas ocorridas até ontem, dia 18, são suficientes para revitalizar a “pastagem natural”, sem levar muita mudança para o campo. “Este é o princípio de um período chuvoso, mas as chuvas que caíram até agora não trouxeram uma mudança efetiva para o cenário do interior e das regiões mais áridas”, disse destacando que os reservatórios de água permanecem com a capacidade baixa.
O diferencial das chuvas que caíram no Estado este mês está na melhor distribuição, tendo em vista que em todas as regiões foi registrado algum foco chuvoso, embora que no Litoral, no Agreste e no Vale do Açu, tenha chovido com mais força. Das 16 cidades com maior volume de chuvas acumuladas entre 1º de janeiro e 18 de março, nove estão localizadas na mesorregião Oeste. Mesmo com 414 milímetros, Frutuoso Gomes, no Alto Oeste, ainda está na situação “muito seco” segundo os parâmetros da Emparn. Para ser considerado normal, o inverno em Frutuoso Gomes tem de ultrapassar 760 milímetros.
Ontem, nas redes sociais, internautas relatavam a ocorrência de boas chuvas no Vale do Açu e no Seridó. De acordo com informações estava chovendo forte na cabeceira do Açude Itans, que está com menos de 10% de sua capacidade, que é de 80 milhões de metros cúbicos.
Reflexos da seca
Situações que levam à edição do 4º decreto de emergência
- Prejuízo na Agropecuária
De acordo com a Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca do estado, em 2013 foi registrado um prejuízo superior a R$ 3,8 bilhões na agricultura e pecuária do estado. Um percentual de -46,76% em relação ao ano de 2012.
- Condição hídrica deficiente
Segundo a Emparn, os mananciais de armazenamento variam entre 25% a 30% da capacidade máxima. A região mais crítica é o Seridó, e o Oeste Potiguar, com açude de Pau dos Ferros com praticamente seco, e a barragem Armando Ribeiro Gonçalves com 33,59% da capacidade, a mais baixa de sua história.
- Qualidade da água
A Companhia de Águas e Esgotos relatou que no RN 21 cidades vivem um colapso no sistema de abastecimento de água encanada, ou recebem líquido impróprio para o consumo humano. Esta situação ocorre as regiões do Seridó, Oeste e Alto Oeste do estado. O colapso acontece quando a Caern não consegue manter o serviço de abastecimento por falta de água de onde ela é tirada.
O diferencial das chuvas que caíram no Estado este mês está na melhor distribuição, tendo em vista que em todas as regiões foi registrado algum foco chuvoso, embora que no Litoral, no Agreste e no Vale do Açu, tenha chovido com mais força. Das 16 cidades com maior volume de chuvas acumuladas entre 1º de janeiro e 18 de março, nove estão localizadas na mesorregião Oeste. Mesmo com 414 milímetros, Frutuoso Gomes, no Alto Oeste, ainda está na situação “muito seco” segundo os parâmetros da Emparn. Para ser considerado normal, o inverno em Frutuoso Gomes tem de ultrapassar 760 milímetros.
Ontem, nas redes sociais, internautas relatavam a ocorrência de boas chuvas no Vale do Açu e no Seridó. De acordo com informações estava chovendo forte na cabeceira do Açude Itans, que está com menos de 10% de sua capacidade, que é de 80 milhões de metros cúbicos.
Reflexos da seca
Situações que levam à edição do 4º decreto de emergência
- Prejuízo na Agropecuária
De acordo com a Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca do estado, em 2013 foi registrado um prejuízo superior a R$ 3,8 bilhões na agricultura e pecuária do estado. Um percentual de -46,76% em relação ao ano de 2012.
- Condição hídrica deficiente
Segundo a Emparn, os mananciais de armazenamento variam entre 25% a 30% da capacidade máxima. A região mais crítica é o Seridó, e o Oeste Potiguar, com açude de Pau dos Ferros com praticamente seco, e a barragem Armando Ribeiro Gonçalves com 33,59% da capacidade, a mais baixa de sua história.
- Qualidade da água
A Companhia de Águas e Esgotos relatou que no RN 21 cidades vivem um colapso no sistema de abastecimento de água encanada, ou recebem líquido impróprio para o consumo humano. Esta situação ocorre as regiões do Seridó, Oeste e Alto Oeste do estado. O colapso acontece quando a Caern não consegue manter o serviço de abastecimento por falta de água de onde ela é tirada.
Fonte: Tribuna do Norte
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