A disputa por imóveis não ocupados do Minha Casa, Minha Vida, entregues
pela presidente Dilma Rousseff, acabou em morte ontem em Vitória da
Conquista (BA).
As casas, apesar de entregues pela presidente em 15 de outubro, estavam
vazias e foram invadidas no último final de semana por beneficiários à
espera de um imóvel pelo programa federal.
Ao menos 49 casas foram ocupadas por invasores, segundo a Caixa Econômica Federal, administradora do Minha Casa, Minha Vida.
Ao menos 49 casas foram ocupadas por invasores, segundo a Caixa Econômica Federal, administradora do Minha Casa, Minha Vida.
A vítima, o desempregado Alan Souza Damasceno Lima, 21, tinha invadido
um imóvel do condomínio Pau Brasil, segundo informações repassadas pela
polícia.
O crime ocorreu por volta das 14h30 (horário de Brasília), quando o
suposto dono do imóvel ocupado por Lima foi até a residência tentar
fazer com que ele saísse.
Houve uma discussão, seguida de agressões verbais. O homem sacou uma
arma e disparou cinco vezes contra Lima. A vítima ainda tentou fugir,
mas acabou morrendo. Ainda segundo a polícia, o criminoso fugiu a pé e
depois pegou carona em uma moto.
Manifestantes têm protestado contra beneficiários que receberam de Dilma as chaves das casas em outubro, mas não se mudaram.
Os manifestantes afirmam que 250 casas do condomínio, que tem 1.750 no
total, estão sem morador. Procurada, a Caixa não soube informar o total
de imóveis vazios.
No último sábado, os ocupantes chegaram a colocar fogo em móveis velhos
numa rodovia em frente ao condomínio. Algumas casas foram alvo de
vândalos, que levaram pias e outros objetos das casas vazias.
Em novembro, foram realizados protestos contra a precariedade dos
imóveis. Em um deles, um ônibus foi queimado por manifestantes.
O superintendente da Caixa Econômica Federal, José Ronaldo Cunha Maia,
esteve no local ontem e deu prazo para que os ocupantes deixem os
imóveis até 15 de janeiro, de forma pacífica.
"Das 49 casas ocupadas, pelo menos 15 estavam em processo de
regularização para as pessoas mudarem. O prazo para mudança é de um
mês", disse Maia. "Se não ocupar, a gente entra com processo para
rescisão do contrato."
De acordo com o superintendente, 95% dos ocupantes irão passar por uma
atualização do cadastro na Prefeitura de Vitória da Conquista para
receber uma casa do programa Minha Casa, Minha Vida. "A orientação para
os donos dos imóveis que foram ocupados é que eles procurem a Polícia
Civil e registrem uma queixa", afirmou.
Fonte: Folha de São Paulo
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