O período de novembro, dezembro e janeiro, que compreende a chamada
pré-estação chuvosa, deve ser de poucas precipitações para o Rio Grande
do Norte e o Nordeste como um todo. A previsão em consenso, feita pelo
Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet) e Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme), aponta que nesses três meses, há pelo menos
40% de chance de ficar abaixo do normal. Já os meteorologistas
potiguares, apesar de confirmarem a tendência, preferem esperar até
dezembro para darem mais certeza sobre o comportamento climático
nordestino.
BOLETIM
De encontro a isso, CPTEC, Inmet e Funceme lançaram um boletim afirmando que a ocorrência de precipitações tem 40% de probabilidade de ficar abaixo da considerada normal para cada cidade. As chances são de 35% para que as chuvas permaneçam dentro da média e de 25% para que excedam a normalidade.
O meteorologista Alexandre Santos, que trabalha na
Sala de Situação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Semarh), explica que os indícios realmente apontam para uma
baixa intensidade de chuvas pelos próximos meses, como aponta o boletim
dos três órgãos climatológicos. Segundo ele, quem diz se vai chover ou
não no semiárido nordestino é, basicamente, a temperatura dos oceanos.
No
momento, o Pacífico está com as suas águas mais frias do que o
esperado, o que os estudiosos chamam de “anomalia negativa”. Isso porque
está acontecendo o conhecido fenômeno “La Niña”, que provoca
precipitações no Nordeste e seca no Sul e Sudeste brasileiros. Baseado
nesse dado, daria para dizer que não só a pré-estação chuvosa quanto o
ano de 2014 seria de chuvas no sertão.
Porém, também há a
dependência do Oceano Atlântico para definir se chove ou não no país. E o
panorama, no momento, não é nada bom para os sertanejos nordestinos. O
lado norte do oceano está com a temperatura acima do normal, enquanto o
lado sul se mantém na média, como observam os meteorologistas. Esse
quadro mantém as chuvas longe do semiárido.
Já é praticamente
garantido que novembro não chove. Por isso o meteorologista usa como
base os próximos quatro meses. “Com esse padrão ainda não é possível
fazer uma previsão confiável para a quadra chuvosa (dezembro a março) do
semiárido nordestino. Vamos ter cautela e esperar até dezembro para dar
uma certeza maior”, afirma .
Fonte: Tribuna do Norte
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