Morando em casas antigas, habitantes temem abalos sísmicos (Foto: Jorge Talmon/G1) |
"A sensação é que o chão vai abrir". Assim Maria do Socorro descreve o
que vem passando nos últimos dias, quando os tremores de terra se
intensificaram no município de Pedra Preta, localizado a 149 quilômetros de Natal. Apesar dos abalos serem considerados de baixa magnitude pelos pesquisadores, a população da cidade está assustada.
A moradora Maria do Socorro, por exemplo, dormiu na noite desta
quinta-feira (31) no quintal da casa junto com a família. "Quando
começou a tremer ficamos com medo e colocamos os colchões na área", diz.
Entre 20h e 23h da quinta pelo menos dez tremores foram registrados
pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN). O maior deles teve magnitude 3,5.Foi o que fez o mecânico Mequiel Batista ao sentir os abalos na noite de quinta. "As paredes treimam, o teto estalou e as telhas rangiam. Fiquei com medo de algo e saí", conta.
A preocupação aflige principalmente as pessoas que moram em casas
antigas. A moradora Fátima Santos teve o lar construído na década de
1950. Com os tremores, a parede rachou e mulher temeu pela segurança dos
filhos. "Tenho até medo de morar aqui com várias crianças. Vejo a hora
cair tudo por cima da gente. Ficamos com medo quando aconteceu e
corremos para fora de casa.
De acordo com o pesquisador Joaquim Ferreira, do Laboratório Sismológico da UFRN, o medo da população acontece mais pela sequência de tremores, do que propriamente pela magnitude dos abalos. "Quando se tem vários abalos seguidos a população fica bastante tensa", afirma.
Calamidade
O prefeito de Pedra Preta, Luiz Antônio Bandeira de Souza, conta que está preparando a documentação para pedir o decreto de estado de calamidade na região. A cidade não tem Defesa Civil nem Corpo de Bombeiros, e precisa ser atendida pelos órgãos estaduais.
De acordo com o pesquisador Joaquim Ferreira, do Laboratório Sismológico da UFRN, o medo da população acontece mais pela sequência de tremores, do que propriamente pela magnitude dos abalos. "Quando se tem vários abalos seguidos a população fica bastante tensa", afirma.
Calamidade
O prefeito de Pedra Preta, Luiz Antônio Bandeira de Souza, conta que está preparando a documentação para pedir o decreto de estado de calamidade na região. A cidade não tem Defesa Civil nem Corpo de Bombeiros, e precisa ser atendida pelos órgãos estaduais.
A ausência dos órgãos nos municípios potiguares foi alertada pelo
assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente Cristiano
Couceiro. "Devido a diversos fatores, os desastres naturais têm ficado
mais comuns. Por isso os municípios precisam fortalecer essa prevenção
para dar primeira resposta a população. O que observamos é que após
várias ocorrências como essa, o município pouco fez e precisou os órgãos
do governo intervissem para acalmar a população", diz.
Uma equipe da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros foi enviada ao
município para vistoriar casas e avaliar a situação na cidade. O coronel
Josenildo Acioli, coordenador estadual da Defesa Civil, explica que a
população recebeu orientações na manhã desta sexta-feira (1) de como
proceder em caso de novos tremores. "É preciso tranquilizar a população.
Estamos articulando as vistorias nas casas e vamos produzir um
relatório sobre a situação", informa.
Fonte: G1/RN
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