Roma - O número de imigrantes mortos no naufrágio da última
quinta-feira (3) ao largo da ilha italiana de Lampedusa subiu hoje (6)
para 143, depois de os mergulhadores terem conseguido recuperar mais 32
corpos, entre eles o de uma mulher.
Os testemunhos dos sobreviventes indicam que o barco, que partiu do
Norte de África em direção à costa europeia, tinha a bordo 518 pessoas. A
recuperação dos novos corpos aconteceu depois de terem sido retomadas
hoje as buscas aos corpos das vítimas do naufrágio, que tiveram de ser suspensas por dois dias por causa do mau tempo.
O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, disse no sábado que a
questão da imigração deve ser analisada no Conselho Europeu de 24 e 25
de outubro, depois do acidente de Lampedusa. "O Mediterrâneo não pode
ser um imenso cemitério a céu aberto. É preciso agir", disse Laurent
Fabius, em um programa de TV.
A ministra da Integração italiana, Cécile Kyenge, nascida na
República Democrática do Congo, visitou os imigrantes alojados no centro
de acolhimento de Lampedusa, que está sobrelotado, e conheceu no
terreno a situação da ilha após o naufrágio. Em entrevista publicada
também hoje no jornal Corriere della Sera, Kyenge diz que a lei
de imigração italiana não pode ser "punitiva" e anunciou a sua intenção
de aumentar para 24 mil o número de camas nos centros de acolhimento de
imigrantes, que é atualmente 8 mil.
Com informações da Agência Brasil
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