Os cientistas brasileiros publicaram 46,7 mil artigos científicos em
periódicos no ano passado, número que coloca o Brasil em 14º lugar como
produtor mundial de pesquisas. Segundo o relatório feito pela empresa
Thomson Reuters, isso equivale a 2,2% de tudo o que foi publicado no
mundo, em 2012. Nos últimos 20 anos, o país subiu dez posições nesse ranking.
A China conquistou o primeiro lugar em pedidos de patentes, seguida
por Estados Unidos, Japão e Europa. O trabalho foi feito em parceria com
o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e a Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
Como consequência do aumento na produção
científica, o pedido de patentes no país chegou a 170 mil no período de
2003 a 2012. Segundo o presidente do Inpi, Jorge Ávila, o órgão continua
lidando com o forte crescimento do número de pedidos de patentes, que
foi 33,5 mil em 2012, com projeção de alcançar 40 mil este ano.
No Brasil, o ramo científico que mais
produziu artigos foi a medicina clínica. No período de 2008 a 2012,
foram produzidos quase 35 mil artigos. Em segundo lugar, ficou a ciência
de plantas e animais, com 19,5 mil artigos no mesmo período. Ciências
agrárias produziram 13,5 mil artigos entre 2008 e 2012. O maior
crescimento foi visto nas ciências sociais e gerais, que saltaram de 1,5
mil entre 2003 e 2007 para 9,8 mil entre 2008 e 2012.
Os maiores detentores de patentes no país,
revelou a pesquisa, foram a Petrobras e as universidades públicas. De
2003 a 2012, a Petrobras registrou 450 patentes. Logo atrás, veio a
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 395 patentes. Em
terceiro, ficou a Universidade de São Paulo (USP), com 284 patentes. A
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vem logo em seguida, com 163
patentes.
De acordo com o relatório, a ausência de empresas privadas na lista
dos maiores detentores de patentes reflete um aspecto negativo do país.
Como a demora na tramitação do processo pode chegar a oito anos, muitas
empresas desistem, pois a tecnologia pode acabar se tornando obsoleta
antes de a patente sair.
Agência Brasil
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