São-paulinos recebem troféu da Copa Eusébio (Foto: Isabel Cutileiro / SL Benfica) |
A crise deu um tempo ao São Paulo. Depois de 14 jogos de um jejum que
parecia interminável, o Tricolor voltou a respirar neste sábado, em
Lisboa. Sem nenhum brilhantismo, é verdade, mas com uma eficiência que
há tempos não se via, o time venceu o Benfica por 2 a 0, no estádio da
Luz, conquistou a Copa Eusébio, e quebrou a maior série negativa de sua
história.
Os são-paulinos tiveram dificuldades para triunfar, principalmente
depois de um primeiro tempo extremamente defensivo, quando o travessão e
Rogério Ceni salvaram. No segundo, um pouco mais ofensivo, o Tricolor
teve a frieza para não perder as chances criadas. Aloísio e Rafael Toloi
foram os responsáveis por findar também a série de seis partidas sem
gols.
Esta é também a primeira vitória do técnico Paulo Autuori no comando do
Tricolor. Sob o comando dele, o time havia somado até agora seis
derrotas e conquistado apenas um empate. Agora, ele e o time tentarão
manter a reação diante do Kashima Antlers, no Japão, quarta-feira, pela
Copa Suruga.
Um São Paulo bagunçado na etapa inicial
Há um muro separando a defesa e o ataque do São Paulo. Talvez, uma
barreira psicológica pela terrível série de resultados negativos, talvez
uma muralhada técnica de um time que não consegue se acertar em 2013.
Cabeça e pernas não se entendem. O Tricolor não joga, não cria, não
assusta. Limita-se a tentar impedir que o adversário seja eficiente.
A dificuldade em chegar ao gol adversário, evidenciada contra Bayern e
Milan, na Alemanha, se repetiu em Lisboa. Osvaldo e Aloísio brigaram com
os marcadores, mas atuaram muito distantes. Jadson fez um primeiro
tempo muito abaixo do que pode, errando um passe atrás do outro. Chutar a
gol foi artigo de luxo para quem vive um jejum de seis partidas sem
marcar. Só aos 44 minutos uma cabeçada do “Boi Bandido” obrigou Paulo
Lopes a trabalhar.
Até mesmo a marcação são-paulina não foi tão eficiente assim.
Wellington, Fabrício e Rodrigo Caio deram espaços no meio e permitiram
que os portugueses avançassem com muita facilidade. Desta vez, pelo
menos, o Tricolor teve sorte. Lima perdeu duas boas chances, uma delas
carimbando o travessão. Rogério Ceni garantiu a igualdade com duas belas
defesas quase cara a cara nos minutos finais do primeiro tempo.
Tricolor desencanta na etapa final
A vantagem, enfim, permitiu que o São Paulo se tranquilizasse em campo.
O Benfica voltou a tentar pressionar, mas abriu espaços para os
brasileiros. O segundo gol não demorou e saiu de forma polêmica. Aos 17,
após cobrança de escanteio, Rodrigo Caio desviou de cabeça, a defesa
portuguesa parou pedindo impedimento e Rafael Toloi marcou. No entanto,
Cortez, perto da bandeira de escanteio, dava condições.
O Benfica apostou tudo em mudanças táticas e em povoar o ataque. O time
português até chegou ao gol de Rogério Ceni, mas sem a precisão
necessária. O São Paulo poderia ter aumentado se uma cabeçada de Rodrigo
Caio não tivesse acertado a trave. Lamentação? Que nada. O Tricolor
respira aliviado.
Fonte: Globoesporte.com
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