O papa Francisco durante a celebração do Angelus ontem, quando pediu oração para a Jornada |
Duas semanas após o fim da Copa das Confederações, o Brasil se prepara
para sediar o próximo grande evento: a Jornada Mundial da Juventude.
Cerca de dois milhões de pessoas --a maioria proveniente da América
Latina-- estão sendo esperadas para o megaevento católico de 23 a 28 de
julho, no Rio de Janeiro.
O festival religioso promete ser um evento altamente político, já que
muitos jovens que saíram às ruas de todo o Brasil para protestar contra a
corrupção, gastos excessivos com a Copa do Mundo e para pedir reformas
estruturais no país não vão apenas aclamar o papa Francisco, que deverá
aterrissar no Rio no dia 22 de julho.
Os jovens fiéis brasileiros esperam a bênção do líder da Igreja Católica para seus desejos de reformas na política.
LISTA PARA AO PAPA
Durante as manifestações, que começaram por causa do aumento de tarifas
de transporte público e depois se espalharam por todo o país, o
estudante carioca de biologia Walmyr Júnior postou na rede social
Facebook apelos do braço brasileiro da associação católica internacional
Pastoral da Juventude e do movimento estudantil brasileiro. Walmyr
trabalha como voluntário na organização da Jornada Mundial da Juventude.
Durante audiência política internacional no dia 25 de julho, ele
entregará uma lista de exigências ao papa junto a jovens de outras
partes do mundo.
"Queremos mostrar que a fé cristã pode mudar a sociedade", explicou
Walmyr Júnior, em entrevista à DW. "Ela pode assegurar que haja menos
violência", afirmou o estudante de 28 anos, que mora no Complexo de
favelas da Maré.
No início de julho, 5.500 pessoas (segundo cálculos da PM) participaram
de um ato contra uma operação policial no complexo, realizada no final
de junho e que resultou na morte de dez pessoas, entre elas um policial.
O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da polícia carioca havia
invadido a favela em busca de alguns homens que aproveitaram uma
manifestação nas proximidades para protagonizar roubos e assaltos.
Fonte: Folha de São Paulo
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