Tubarão martelo é pescado no Litoral Sul da Paraíba. (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
Pescadores capturaram um tubarão na madrugada desta terça-feira (4) nas águas do Litoral Sul da Paraíba.
De acordo com os pescadores, o tubarão, uma fêmea de cerca de 600 kg, é
da espécie martelo e estava grávida. A carne do animal será vendida no
mercado de peixe de Tambaú, orla de João Pessoa.
João Alcides Tavares pesca há 15 anos e contou que foi a segunda vez
que capturou um tubarão. A captura do animal animou ainda mais a
pescaria. “A pescaria estava muito fraca e capturar um peixe desses é
uma dádiva que qualquer pescador tem a obrigação de agradecer a Deus”,
disse.
Segundo o pescador, cada quilo do tubarão vai ser vendido por cerca de
R$ 8, o que vai render a eles cerca de R$ 1,5 mil. “Creio que ele entrou
na nossa rede em busca dos peixes que também capturamos”, acrescentou.
De acordo com a bióloga Rita Mascarenhas, o tubarão-martelo já foi uma espécie mais comum no litoral da Paraíba.
“No entanto, com a caça predatória, com a sobre-exploração, a espécie
deixou de ser numerosa. Aqui no nosso litoral, temos pelo menos umas 20
espécies de tubarão, como o lixa, que não é agressivo, e o flamingo”,
completou.
Para Rita Mascarenhas, a população não precisa se assustar e evitar
tomar banho de mar. “O nosso litoral é privilegiado. Nós temos
alimentação em abundância para peixes desse porte e águas limpas, o que
faz com que os tubarões não ataquem os seres humanos. Além disso, são
espécies que vivem em alto-mar”, afirmou.
Porém, a bióloga ressalta que os banhistas evitem locais próximos a
rios. “Esses locais apresentam água turva e alimentos, o que acaba
atraindo esses animais. Com relação à água turva, é um perigo porque os
tubarões não enxergam e acabam atacando as pessoas”, disse.
Ainda segundo a bióloga, a possibilidade de ataques de tubarão no
litoral paraibano é remota por conta das características naturais.
“Temos águas bastante profundas e isso faz com que esses animais se
mantenham distantes da costa. Além do mais, temos uma natureza em
equilíbrio, com condições adequadas para que esses animais permaneçam no
hábitat deles, que é o alto-mar”, enfatizou.
Fonte: G1 PB
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