As previsões de chuvas para 2013, são desanimadoras. Desde 1911, nunca
choveu tão pouco no mês de março no Rio Grande do Norte. Foram, em
média, 29,6 milímetros no mês. O montante é 5,6 vezes menor do que o
esperado para o período. A consequência disso: hoje 136 cidades,
incluindo o litoral, são consideradas áreas muito secas.
De terços em mãos e velas acesas, o sertanejo implora misericórdia a São
José. Ah, se eles pudessem subir aos céus e derramar, das nuvens, a tão
esperada chuva. Entretanto, a religiosidade não tem o poder de mudar as
características climáticas, a força - nem sempre compreendida - da
natureza e, mais uma vez, o homem do campo terá que colocar sua fé à
prova e enfrentar mais um ano sem chuvas. As previsões são
desanimadoras. Desde 1911, nunca choveu tão pouco no mês de março, com
precipitações cuja média estadual não superaram os 29,6 milímetros. O
montante é 5,6 vezes menor do que o esperado para o período. À espera de
um milagre, os sertanejos contemplam o céu, ansioso para que “as
lágrimas de Deus” caiam e ressuscitem as terras assoladas pelo flagelo
da seca.
o mesmo modo, ansioso pelas mudanças climáticas, está o meteorologista
da Emparn, Gilmar Bristot. Ele explica que os meses de março e abril são
decisivos para se delinear o comportamento das precipitações para o
resto do ano. Como choveu tão pouco em março e a mesma tendência está em
curso neste mês de abril, é possível que a situação se agrave nos
próximos meses. “Tivemos o março mais seco da história, desde quando
começamos a realizar os monitoramentos”, afirma Bristot. Prova disso é
quantidade de cidades potiguares sem incidência de chuvas
significativas, tornando o solo muito seco. Em abril de 2012 eram 111
municípios; nesta sexta-feira, 12, o total era de 136 cidades, incluindo
o litoral, na mesma situação.
Quando comparado o acumulado de chuvas entre os meses de janeiro e março deste ano, o índice de defasagem de chuvas é ainda maior. Esperava-se, segundo a Emparn, que chovesse, pelo menos, uma média de 323,6 milímetros. Entretanto, o quantitativo registrado no período foi de 75,2 milímetros, resultando numa incidência negativa de 248,4 milímetros. “Tivemos um desvio acentuado quando em relação ao acumulado. Não tinha como piorar, pois já vinha de uma situação muito seca”, atesta Gilmar Bristot.
Quando comparado o acumulado de chuvas entre os meses de janeiro e março deste ano, o índice de defasagem de chuvas é ainda maior. Esperava-se, segundo a Emparn, que chovesse, pelo menos, uma média de 323,6 milímetros. Entretanto, o quantitativo registrado no período foi de 75,2 milímetros, resultando numa incidência negativa de 248,4 milímetros. “Tivemos um desvio acentuado quando em relação ao acumulado. Não tinha como piorar, pois já vinha de uma situação muito seca”, atesta Gilmar Bristot.
Fonte: Tribuna do Norte
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