A escassez de chuvas e as falhas de planejamento encareceram e sujaram a matriz energética brasileira, famosa no mundo pelo uso predominante de fontes renováveis. Para acompanhar o crescimento acelerado do consumo nos últimos anos, o país foi forçado a recorrer ao aumento da presença dos combustíveis fósseis na geração elétrica, que dobraram sua participação no sistema interligado nacional, saltando de 6% em 2001 para 14% no ano passado. O lado positivo dessa crise é que ela poderá dar um novo impulso para a energia eólica, segmento ainda pouco explorado, cujos preços já estão competitivos em razão dos leilões promovidos pelo governo.
O efeito concreto do acionamento de todas as usinas a óleo, carvão e gás desde outubro do ano passado, realidade que deverá ser mantida pelo menos até abril, será melhor dimensionado nas contas de luz em 2014. Conforme o modelo em vigor a partir deste ano, os gastos maiores que as distribuidoras tiverem em razão das térmicas serão cobrados da clientela no ano seguinte. De março em diante, os usuários serão avisados nas tarifas desse impacto futuro, via bandeiras tarifárias (verde, amarela e vermelha). Elas servirão como sugestão para se consumir menos quando a cor do sinal for desfavorável.
Fonte: Robson Pires
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