quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ESPORTE: EX-BANDEIRINHA ANA PAULA DE OLIVEIRA DIZ QUE AINDA SOFRE PRECONCEITO E FESTEJA LEGADO DEIXADO ÀS MULHERES

A ex-bandeirinha Ana Paula de Oliveira pode ter deixado os gramados em 2010, mas não deixou o futebol, nem as consequências de ser uma mulher em um ramo de predominância masculina. Hoje comentarista de uma TV de Belo Horizonte, Ana Paula lamenta ainda sofrer preconceito, mas comemora ter deixado um legado para as mulheres que desejam trabalhar na arbitragem de futebol.
“Não adianta a gente pensar que o preconceito foi quebrado, porque ele não foi”, pontuou a ex-bandeirinha em entrevista ao Salto Alto.
Ana Paula começou a frequentar campos de futebol aos 14 anos, quando acompanhava seu pai nos jogos em que ele atuava como árbitro amador. Desde então, cresce a paixão pelo esporte que a fez superar o preconceito, as cobranças e os xingamentos.
Uma das pioneiras no ramo, ela é procurada, hoje, por outras bandeirinhas que estão começando na profissão e deixa um recado para que superem o preconceito: muito estudo e seriedade.
“O que eu desejo às meninas é que se dediquem muito, com muita seriedade e competência. Quando a gente é sério, chegamos com propriedade nos nossos objetivos e, quando chegamos lá, somos respeitados”, aconselha.
Além das advertências, Ana Paula deixa também um legado às mulheres com o espaço que conquistou. Ela foi a primeira mulher a participar de uma final de campeonato paulista, chegando a atuar em três finais da competição (em 2003, em 2004 e em 2007),  bandeirou na final da Copa do Brasil de 2006, participou dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 (competição da qual foi eleita árbitra revelação) e atuou em dois jogos de oitavas-de-final da Copa Libertadores da América.

Fonte: Uol

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