A ex-bandeirinha Ana Paula de Oliveira pode ter deixado os gramados
em 2010, mas não deixou o futebol, nem as consequências de ser uma
mulher em um ramo de predominância masculina. Hoje comentarista de uma
TV de Belo Horizonte, Ana Paula lamenta ainda sofrer preconceito, mas
comemora ter deixado um legado para as mulheres que desejam trabalhar na
arbitragem de futebol.
“Não adianta a gente pensar que o preconceito foi quebrado, porque ele não foi”, pontuou a ex-bandeirinha em entrevista ao Salto Alto.
Ana Paula começou a frequentar campos de futebol aos 14 anos, quando
acompanhava seu pai nos jogos em que ele atuava como árbitro amador.
Desde então, cresce a paixão pelo esporte que a fez superar o
preconceito, as cobranças e os xingamentos.
Uma das pioneiras no ramo, ela é procurada, hoje, por outras
bandeirinhas que estão começando na profissão e deixa um recado para que
superem o preconceito: muito estudo e seriedade.
“O que eu desejo às meninas é que se dediquem muito, com muita
seriedade e competência. Quando a gente é sério, chegamos com
propriedade nos nossos objetivos e, quando chegamos lá, somos
respeitados”, aconselha.
Além das advertências, Ana Paula deixa também um legado às mulheres
com o espaço que conquistou. Ela foi a primeira mulher a participar de
uma final de campeonato paulista, chegando a atuar em três finais da
competição (em 2003, em 2004 e em 2007), bandeirou na final da Copa do
Brasil de 2006, participou dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004
(competição da qual foi eleita árbitra revelação) e atuou em dois jogos
de oitavas-de-final da Copa Libertadores da América.
Fonte: Uol
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