Para a dona de casa Eucivânia Cunha, de 27 anos, seria apenas mais uma
gravidez. Entretanto, na 11ª semana de gestação, a surpresa: "O médico
fez minha ultrassonografia, perguntou se eu já era mãe e me disse que eu
estava grávida de gêmeos. Ele me disse que eu estava numa gestação
gemelar com os gêmeos colados", relembrou Eucivânia contemplando Ana
Clara e Any Vitória, as meninas que nasceram unidas pelo cóccix (região
glútea).
De acordo com o neurocirurgião Angelo Silva Neto, que acompanhou a
gestação de Eucivânia e o nascimento de Ana Clara e Any Vitória, este é
um caso raro. É, segundo o médico, possivelmente, o primeiro no Brasil
cujos gêmeos são unidos pela região glútea. "Os bebês serão submetidos a
um procedimento cirúrgico para separação corporal", disse ele.
"O caso dos gêmeos pigópagos, que são aqueles ligados pela superfície
póstero-lateral da região sacro-coccigeana, é raríssimo. Geralmente
ocorre um caso de gêmeos siameses a cada 200 mil nascimentos. Em relação
aos pigópagos, eles se resumem a 20% dos casos de siameses. Ou seja, é a
raridade da raridade", esclareceu o neurocirurgião.
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Fonte: G1/RN
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