A seca, que vem atingindo a região Nordeste, considerada a pior
estiagem dos últimos 30 anos, interferiu na produção da castanha de caju
no Rio Grande do Norte. A falta de chuvas atingiu o pólo responsável
por 68% de toda a amêndoa produzida no estado, localizado entre as
cidades de Apodi e Mossoró, ambas na região Oeste potiguar. O impacto
disso foi a redução da safra. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária
do Rio Grande do Norte (EMPARN), a oferta tende a cair entre 60% e 80%.
A queda refle diretamente no preço. O fruto do caju, antes vendido a R$
1,20, está sendo comercializado a R$ 2,10.
Em entrevista ao Bom Dia RN desta sexta-feira (24), o pesquisador da
Emparn, João Maria Pinheiro, indicou que o preço pode subir ainda mais.
“O ano passado não foi de seca e tivemos que importar 24 mil toneladas.
Esse ano, como a safra foi ruim, teremos que aumentar esse número.
Consequentemente, pagaremos mais caro pelo fruto”, explicou.
Em 2011 foram exportadas 50 mil toneladas de castanhas de caju. Para
manter este ritmo, mesmo em época de seca, é necessário investir em
pesquisas. “O produtor tem que ser qualificado e profissional para lidar
com as adversidades da fruticultura”, enfatizou João Maria.
Para o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex), Segundo
de Paula, é importante atrair para o RN a Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “A Emparn ajuda, mas a Embrapa é
exclusiva para pesquisar melhorias no setor agrícola. É o que precisamos
para incrementar a atividade”, afirmou o presidente.
Fonte: G1/RN
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