cientistas rastrearam ligações e SMS entre 3,2 milhões de pessoas, em 7 meses.
Mulheres em idade reprodutiva passam mais tempo se comunicando com o
sexo oposto do que os homens, um comportamento que muda à medida que
envelhecem, quando elas voltam sua atenção para as mais jovens, revelou
um estudo publicado nesta quinta-feira, baseado no rastreamento de mais
de três milhões de telefonemas e mensagens de SMS.
As descobertas sustentam a teoria evolucionária sobe o papel da
mulher na sobrevivência dos genes, segundo a pesquisa feita por
cientistas de Grã-Bretanha, Finlândia, Estados Unidos e Hungria.
Os cientistas rastrearam a origem e o destino de telefonemas
celulares e mensagens de texto entre 3,2 milhões de pessoas durante sete
meses.
Segundo a pesquisa, publicada no periódico Scientific Reports, a rede
mutável de contatos revelou como as estratégias sociais de homens e
mulheres mudam com o tempo.
O estudo "sugere que a estrutura íntima das redes sociais humanas é
muito mais impulsionada pelos interesses femininos do que pelos
masculinos", explicou Robin Dunbar, do Instituto de Antropologia
Cognitiva e Evolutiva da Universidade de Oxford.
"Os homens são mais casuais em seus relacionamentos sociais, enquanto
as mulheres conhecem quais são seus objetivos sociais e vão atrás
deles", acrescentou.
Segundo os cientistas, as mulheres passam mais tempo se comunicando
com o sexo oposto quando estão em idade reprodutiva. Após os 45 anos,
elas tendem a voltar sua atenção para mulheres bem mais jovens,
supostamente uma filha, enquanto seu foco se volta para os netos.
Os contatos frequentes da maioria dos homens acompanhou o da esposa
ou namorada durante toda a sua vida, embora eles tenham telefonado menos
do que suas mulheres.
O co-autor do estudo, Kimmo Kaski, da Universidade Aalto, na
Finlândia, afirmou à AFP que talvez os resultados fossem "algo óbvio",
mas ressaltou que esta é a pimeira evidência extraída de dados reais.
Ao realizar o estudo, os cientistas sabiam apenas a idade e o gênero
dos indivíduos, a duração de seus telefonemas e o número de mensagens
enviadas, além dos códigos postais.
As informações foram fornecidas por uma companhia telefônica não
identificada de um país europeu. As identidades das pessoas e outros
dados foram preservados.
Fonte: R7
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