A Fifa já ganhou US$ 910 milhões (cerca de R$ 1,670 bilhão) com a
Copa do Brasil-2014 só no ano passado. A maior parte do dinheiro foi
obtido com venda de direitos de TV e de marketing.
O rendimento pela competição está acima da expectativa da Fifa e
representa a maior parte da receita da entidade, que somou US$ 1,070
bilhão em 2011. O presidente do Comitê de Finanças do organismo, Júlio
Grondona, já havia afirmado estar satisfeito com os resultados do evento
brasileiro.
Estes resultados devem-se a uma renda de contratos de TV de US$ 550
milhões e de acordos de marketing de US$ 381 milhões. A entrada de
empresas brasileiras como patrocinadoras do Mundial ajudou a inflar esse
segundo número.
A prestação de contas da Fifa foi apresentada nesta sexta-feira ao Comitê Executivo, que reuniu-se em Zurique.
COBRANÇAS
Mais cedo, ainda em Zurique, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, se
mostrou irritado e cobrou publicamente mais atitude do Brasil.
Quando esteve no país, ainda este mês, o dirigente havia amenizado o tom
depois de conseguir se reunir com a presidente Dilma Rousseff.
"Convidamos o Brasil a continuar o desenvolvimento do que eles começaram
[Copa]. Pelo menos votaram a lei [Geral da Copa] no Congresso. A bola
está no campo deles agora para jogar. Queremos atos e não mais só
palavras", afirmou o dirigente.
A resposta foi após uma pergunta ao secretário-geral Jérôme Valcke sobre
suas declarações de que o país deveria levar "um chute no traseiro"
para acelerar as obras. Blatter não permitiu que ele respondesse.
Ele afirmou que Valcke já pediu desculpas pela declaração e entende que
este caso está encerrado com as autoridades brasileiras. Valcke foi
confirmado ainda como o encarregado da Fifa para o Mundial.
Em uma reunião na Suíça nesta semana, membros da Fifa já tinham cobrado o Brasil por causa dos atrasos nas obras para o Mundial.
Na ocasião, integrantes do COL (Comitê Organizador Local) projetaram
mais gastos para aprontar estádios até a Copa das Confederações de 2013,
evento que servirá de teste. Oficialmente, o comitê negou.
Além da preocupação com obras em alguns estádios, as críticas ao
andamento da modernização de aeroportos, ao número reduzido de hotéis e
ao transporte interno local, também já tinham sido feitas.
Com informações da Folha de São Paulo