Diante de três assassinatos de jornalistas cometidos nos primeiros 45 dias do ano, entidades de jornalismo repudiaram a escalada de homicídios e alertaram para o risco de impunidade nesses casos. Segundo relatório da ANJ (Associação Nacional de Jornais), desde 2009 tem aumentado o número de jornalistas mortos no Brasil em decorrência da atuação profissional. Naquele ano, a entidade contabilizou um homicídio.
No ano seguinte, foram dois, um deles ocorrido em Caicó. Em 2011, foram registrados quatro assassinatos, destes, Serra do Mel no RN registrou o assassinato de Ednaldo Filgueira. "O preocupante número de jornalistas assassinados no Brasil é fruto da impunidade, assim como a impunidade estimula o aumento da criminalidade de uma forma geral", afirma Ricardo Pedreira, diretor-executivo da ANJ. "Mas o assassinato de quem exerce atividade jornalística tem o agravante de pretender o impedimento da livre circulação de informações. Esse crime atinge toda a sociedade", diz Pedreira.
Caicó e o RN são parte desta estatística. Em 2010 foi morto o radialista F Gomes. Em 2011 Ednaldo Figueira blogueiro e editor de jornal foi estupidamente assassinado em Serra do Mel, uma cidade do RN. Ambos os crimes tiveram intenção clara de cercear a livre voz da imprensa. O caso de Ednaldo é emblemático e tem um agravante. Há fortes indícios de que ele tenha sido praticado por um prefeito que foi preso e depois solto por força de habeas corpus. Já acusados da morte de F Gomes devem ir a julgamento esse ano, segundo previsões. O caso esboçou uma reviravolta ano passado quando um jornal de Natal apresentou uma nova versão para a morte do radialista caicoense. Segundo o Novo Jornal, F teria sido morto a mando de um pastor, um advogado e um Ten Cel da PM RN. O assunto caiu no mais absoluto silêncio depois de sua divulgação. A população do RN espera que justiça seja feita nestes dois casos, sob pena de uma possível impunidade assanhar a maldade e a violência daqueles que querem calar a imprensa a qualquer custo.
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