De repente, começa uma coceira e ardência em alguma região do corpo, seguida por alterações na pele como pequenas bolhas de água, descamação, vermelhidão e fissuras. Nem sempre é tão fácil diagnosticar os primeiros sinais da micose, especialmente se a pessoa apresenta a infecção pela primeira vez e desconhece os seus sintomas.
Ocasionada por fungos invisíveis a olho nu, chamados de dermatófitos, a micose é uma infecção incômoda e muitas vezes resistente. Hábitos como o uso de sapatos fechados, roupas sintéticas e exposição a fungos existentes no chão, em animais ou em outros seres humanos, facilitam o surgimento das micoses, entretanto, algumas pessoas também podem apresentar tendência para a infecção. “Quando a pessoa possui uma constituição física que impacta, por exemplo, em sua imunidade, ela pode ser mais afetada pela micose. Este é o caso de pessoas com deficiência do sistema imunológico, como aquelas que possuem diabetes ou estão em tratamento de doenças como o câncer, perfis da população que precisam redobrar os cuidados com a saúde dos pés”, afirma o Dr. Luiz Guilherme Martins Castro, coordenador da área de Dermatologia do Laboratório Fleury, Mestre em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Doutor em Dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o Dr. Luiz Guilherme, o principal problema da pessoa que apresenta a micose pela primeira vez é não tratar adequadamente a infecção. “O desconhecimento pode levar a pessoa a não dar a devida importância para o caso, ou então, não procurar um dermatologista para receber orientações de como tratar o problema, o que pode desencadear a micose recorrente”, comenta o especialista.
Caracterizada por uma infecção que aparentemente foi tratada e curada, a micose recorrente é o nome que se usa para definir a doença ressurge no mesmo local, possivelmente por um descuido na continuidade do tratamento sugerido em bula ou pela pessoa não ter modificado seus hábitos de higiene ou de exposição ao fungo. O tratamento da micose pode realizado com medicamentos de uso tópico, como o Canesten®, da Bayer HealthCare, sendo aplicado diretamente na pele, por um período de ao menos quatro semanas, sem interrupção. “É importante que o tratamento seja realizado de acordo com a orientação médica”, finaliza o Dr. Luiz Guilherme.
Evite a exposição ao fungo
Com pequenas alterações nos hábitos rotineiros, é possível diminuir a probabilidade de apresentar a micose.
Não ande descalço em áreas públicas, como academias, saunas e piscinas;
Procure não compartilhar objetos de uso pessoal como calçados, roupas e toalhas ;
Evite usar o mesmo calçado todo dia, desta forma, ele pode ser ventilado;
Após o banho, seque bem os dedos e outras dobras do corpo.
Fonte: Diário de Natal
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