A centenária companhia fotográfica Eastman Kodak apresentou perante um
tribunal de Nova York um pedido de concordata para reorganizar seus
negócios. A informação foi feita pela própria empresa, nesta
quinta-feira (19), por meio de comunicado. "A companhia e suas
subsidiárias nos EUA entram com pedido voluntário de 'proteção' ao
Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos", afirmou em nota.
A Kodak pediu concordata depois de não ter conseguido levantar capital
para financiar uma recuperação financeira de longo prazo. Com o pedido, a
empresa pretende reforçar a liquidez nos Estados Unidos e no exterior,
rentabilizar a propriedade intelectual não estratégica, solucionar a
situação dos passivos e concentrar-se nos negócios mais competitivos.
Estratégia
Pioneira dos processos fotográficos, a Kodak foi fundada em 1888 com sede em Rochester (Nova York). Há décadas, porém, a empresa luta para lidar com a concorrência emergente no segmento fotográfico, o que se acentuou com o surgimento da tecnologia digital.
Pioneira dos processos fotográficos, a Kodak foi fundada em 1888 com sede em Rochester (Nova York). Há décadas, porém, a empresa luta para lidar com a concorrência emergente no segmento fotográfico, o que se acentuou com o surgimento da tecnologia digital.
Sua cartada final - uma tentativa de se transformar em uma empresa que
vende impressoras - revelou-se algo demasiadamente caro em meio às
vendas em declínio do filme fotográfico e às caras obrigações pagas aos
funcionários aposentados.
Pátio da Kodak, em Nova York, vazio (foto de 6 de
janeiro) (Foto: AP)
janeiro) (Foto: AP)
O pedido de concordata é um revés para o presidente executivo, o
espanhol Antonio Perez, que assumiu o cargo de executivo-chefe da Kodak
em 2005. Ele havia trabalhado por 25 anos na Hewlett-Packard Co.,
ajudando a contabilizar mais de US$ 7 bilhões em valor de mercado para a
HP. Na Kodak, contudo, não conseguiu repetir o feito.
Incertezas sobre a estratégia utilizada por Perez para tentar levantar o
setor de impressoras da empresa levanta questões sobre o destino dos
cerca de 19 mil funcionários da companhia. A operação também representa
riscos para os aposentados da Kodak, dando margens à possibilidade de a
empresa tentar fugir de suas obrigações sobre as pensões e a assistência
médica dos trabalhadores perante o Tribunal.
Fonte: G1
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