São 13 títulos conquistados em 16. Há mais de três anos o time não sai de campo tendo menos posse de bola que um adversário. Mesmo com todas as conquistas, o treinador se mantém humilde. E revela a sua admiração pelo futebol brasileiro.
Questionado sobre se o Santos sentiu a intensidade do jogo do Barcelona porque o futebol praticado no Brasil é mais cadenciado, Guardiola foi polido.
"Não sei, porque não tenho estado no Brasil. Mas não vamos confundir a intensidade. Nós passamos a bola o mais rápido possível. Quando temos a bola nos pés, tocar o mais rápido possível. Isso cria desequilíbrio. Tocamos a bola quantas vezes necessário for para chegar ao gol. O Barcelona passa a bola como meu pai falava que vocês [brasileiros] faziam", cutucou o catalão.
Estamos falando de uma equipe com jogadores muito bons. Diminuímos o espaço e trocamos bolas. Deslocamos o jogo através do passe. Os jogadores se reúnem em torno da bola", explicou, fazendo parecer fácil uma forma de jogar dificílima de ser posta em prática.
Instado a comparar esse Barcelona à Holanda de 1974, que foi vice-campeã mundial e que é a base do Barcelona, pois formou Johan Cruyff, que depois foi jogador e treinador da equipe catalã, Guardiola mostrou uma humildade rara de ser vista em treinadores tão vencedores.
"Para nós é uma honra que nos comparem a essa equipe. O Ajax, que personificou essa Holanda, ganhou três Copa dos Campeões. Mesmo a Holanda tendo sido vice-campeã, você não me perguntou da Alemanha [que ganhou a Copa de 1974]. Tomara que com o tempo sejamos lembrados como essa equipe, como o Santos de Pelé, o Milan do Sacchi", divagou Pep.
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Fonte: Folha de São Paulo
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