Senado aprova projeto que torna Lei Seca mais rigorosa
Brasília – Dirigir sob efeito de álcool ou outra substância psicoativa no
sangue, independentemente da quantidade, pode virar crime. A Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (9) o projeto de lei que
criminaliza o condutor de veículo que dirige alcoolizado.
A proposta, que foi aprovada em caráter terminativo, isto é, não precisa ser
submetida ao plenário do Senado, seguirá para votação da Câmara dos
Deputados.
O Código Brasileiro de Trânsito prevê tolerância até 0,6 decigramas (dg) de
álcool por litro de ar expelido pelos pulmões. O nível de álcool consumido pelo
motorista atualmente só pode ser detectado com o teste do bafômetro, que não é
obrigatório.
A proposta do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) prevê outros tipos de
qualificação de embriaguez, como testes de alcoolemia e exames clínicos, além de
“prova testemunhal, imagens, vídeos ou produção de quaisquer outras provas em
direito admitidas”.
As punições vão desde a detenção de seis meses a três anos a multa e
suspensão da carteira de habilitação. No caso de morte provocada pelo motorista
embriagado, o condutor do veículo pode cumprir pena de reclusão de quatro a 12
anos, pagar multa e ter a suspensão ou a proibição de nova carteira de
habilitação.
O relator do projeto, Pedro Taques (PDT-MT), acolheu duas emendas do senador
Demóstenes Torres (DEM-GO) para melhor especificar a punição dos infratores
envolvidos em acidentes de trânsito e outra para simplificar a redação do
projeto.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
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