Justiça Federal dá prazo de 72 horas para Inep explicar vazamento de questões do Enem
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Justiça Federal no Ceará deu prazo de 72 horas ao Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para que se manifeste sobre
o pedido do Ministério Público Federal no estado de anulação total ou parcial
das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicadas no último fim de
semana.
O MPF-CE propôs ontem (27) uma ação civil pública pedindo que o Enem fosse
cancelado ou que as questões que vazaram na fase de pré-teste do exame por meio
de apostila distribuído pelo Colégio Christus, de Fortaleza, fossem anuladas. O
juiz federal Luiz Praxedes Viera da Silva só se manifestará após o prazo
estipulado, que termina na manhã de segunda-feira (31).
O MEC e o Inep informaram que já estão preparando a defesa e entregarão as
informações no prazo determinado pela Justiça.
O pedido de anulação foi feito após a notícia de que estudantes do colégio
cearense receberam uma apostila, semanas antes da prova do Enem, com 14 questões
idênticas às do exame nacional. Os itens fizeram parte de um pré-teste do Enem,
do qual alunos do Christus participaram em outubro de 2010. De acordo com o
procurador, como os alunos tiveram acesso antecipado às questões, o exame
deveria ser anulado porque houve violação do princípio da isonomia.
O pré-teste é feito pelo Inep para avaliar se as questões em análise são
válidas e qual é o grau de dificuldade de cada uma. Os cadernos de questões do
pré-teste deveriam ter sido devolvidos após a aplicação e incinerados pelo Inep.
A Polícia Federal investiga se houve fraude na aplicação do pré-teste. O
Ministério da Educação decidiu cancelar as provas do Enem dos alunos do
Christus. Eles terão uma nova chance de fazer o exame no fim de novembro.
Fonte: Agência Brasil
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